Gustavo Goes
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Ruas e parques do Distrito Federal estão em situação de abandono desde outubro. Depois de sucessivas greves de rodoviários e merendeiras, chegou a vez da população sofrer com a falta de conservação das áreas e vias públicas. O motivo é o mesmo: falta de dinheiro para pagar as empresas terceirizadas. Com as chuvas dos últimos dias, as ruas estão esburacadas e os parques precisando do serviço de poda e roçagem. A Novacap alega falta de recursos.
A reportagem do Brasília Capital recebeu diversas imagens que ilustram o problema. O local que registrou mais reclamações de buracos na pista foi Águas Claras, que compreende a área denominada Águas Claras Vertical, Areal, Arniqueira e Área de Desenvolvimento Econômico (ADE). Outras Regiões Administrativas que foram contempladas pelo programa Asfalto Novo também passam pelas mesmas dificuldades.
O programa de pavimentação e recapeamento do asfalto do DF, que começou em junho de 2013, está desde agosto deste ano sem funcionar devido à falta de orçamento. Para Wellington Conceição, funcionário de uma oficina do Areal, onde ele mora, sofre com o esquecimento do GDF. “Esse problema aqui é comum. Tem um buraco enorme na frente da minha oficina, que, quando os carros caem dentro dele, jogam água na minha loja toda”, disse Wellington.
Os investimento de R$ 437, 2 milhões do GDF para as duas etapas do Asfalto Novo, que ainda está em sua segunda etapa, e seus 872 Km de vias urbanas recuperadas não foram suficientes para trazer a comodidade que o brasiliense esperava. A terceira etapa ainda está em processo de licitação e a esperança é que essa etapa do programa, que promete recuperar 1.934 Km, seja a solução.
Além dos buracos, a situação é ruim também nas áreas de lazer do DF, o Parque Águas Claras e o Taguaparque são vítimas da falta de intervenções do governo. O mato está alto e os usuários reclamam da falta de limpeza, além do perigo de fazer caminhadas, especialmente à noite.
A falta de orçamento do GDF é o assunto mais discutido nas últimas semanas na capital federal. Enquanto o futuro governador Rollemberg aponta diversos problemas administrativos do atual governo, Agnelo Queiroz insiste em dizer que está tudo sob controle e nega que vá deixar dívida para o sucessor.