A discussão e votação da reforma da Previdência Social na Câmara dos Deputados ficaram para 2018, antes do Carnaval. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que o debate em plenário será no dia 5 e a votação em 29 de fevereiro, quando o Congresso retorna do recesso parlamentar. Ele acredita que até lá o governo conseguirá de 320 a 330 votos dos parlamentares.
“Vamos ter os 308 votos. Eu disse que, quando marcasse uma data, é porque teríamos os votos”, afirmou Maia. “Seria frustrante ver derrotada uma matéria que vai impactar de forma positiva milhões de brasileiros”, justifica. E repetiu o argumento governista de que é necessário acabar com a distorção entre os sistemas público e privado.
O presidente Michel Temer já havia admitido a possibilidade de ficar tudo para depois, mesmo sendo 2018 ano eleitoral. “Queremos que o governo prove que está retirando privilégios, porque nós vamos provar que ele está retirando direitos”, afirma o líder do PT, Carlos Zarattini (SP). Ele apelida Rodrigo Maia de “capacho do governo”.
Durante a semana, fecharam questão a favor da reforma o PMDB, o PTB e o PPS. Já o PSDB, que sempre foi favorável, decidiu apoiar a proposta mas sem punir quem desobedecer a orientação partidária. A bancada tucana tem 46 deputados. O Palácio do Planalto trabalha para que todos os partidos aliados fechem questão.