A Justiça converteu ontem em preventiva a prisão de Jac Souza dos Santos, 30 anos. Na última segunda-feira, o homem manteve refém por sete horas um funcionário do St. Peter Hotel, no Setor Hoteleiro Sul. O advogado dele ingressou com um pedido de liberdade provisória, mas não obteve êxito na tentativa de fazer com que o cliente respondesse ao processo em liberdade. Indiciado por sequestro e cárcere privado, o acusado deve ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda até amanhã.
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O defensor dele, Carlos André Nascimento, admitiu ainda não ter uma estratégia para amenizar a situação e ressaltou ter desistido de tentar provar que o ex-secretário municipal de Tocantins sofra de doença mental. “A família não conseguiu encontrar exames que pudessem indicar algo próximo a um surto. A situação dele é bastante delicada, mas entendo que não oferece risco à sociedade. A esperança é conseguir a liberdade provisória o mais rapidamente possível”, explicou.
Selfie
Uma selfie tirada por um agente da Divisão de Operações Especiais (DOE) durante o sequestro no St. Peter provocou mal-estar na Polícia Civil. Enquanto um atirador de elite se concentrava mirando com o fuzil o sequestrador, um servidor da tropa de elite da corporação fazia fotos dele e do colega. Numa das mãos, ele segurava um binóculo e, na outra, o telefone celular. A missão do agente era abastecer o sniper com o máximo de informações sobre o posicionamento da vítima e do sequestrador. Apesar do constrangimento, o agente não será punido. O diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Xavier, reconheceu que o ato do subordinado foi inconveniente, mas descartou abrir uma apuração interna.