O mundo desperta hoje assustado, com a perspectiva de uma crise financeira similar à de 2008. Dois grandes bancos americanos fecharam as portas nas últimas 72 horas. Depois de o Silicon Valley Bank (SVB) decretar falência na sexta-feira (10), a Comissão Reguladora dos Estados Unidos fechou o Signature Bank na noite desta segunda-feira (13), diante do que consideram “risco sistêmico”.
O Signature Bank dispõe de cerca de US$ 110,36 bilhões em ativos e US$ 88,59 bilhões em depósitos.
O SVB representa a segunda maior falência de uma instituição financeira na história dos Estados Unidos, atrás apenas do Lehman Brothers, que fechou as portas em 2008.
Na semana passada, o SVB era, no papel, o 16º maior banco dos EUA, com cerca de US$ 209 bilhões em ativos e US$ 175,4 bilhões em depósitos declarados, e mais de 8.500 funcionários em filiais em todo o mundo.
Repercussão – Em vários países, inclusive no Brasil, surgiram especulações sobre milhares de empresas (e outros bancos) que serão abalados pela crise financeira norteamericana. Porém, a exemplo do que ocorreu em 2008, a expectativa é de que maiores bancos brasileiros não sejam atingidos diretamente.
O governo norteamericano garantiu no domingo (12) que os clientes do Silicon Valley Bank (SVB) terão acesso ao dinheiro de todos os depósitos a partir desta segunda-feira (13). O Federal Reserve (Fed) – banco central americano –, o Departamento do Tesouro e Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) emitiram comunicado conjunto informando que as ações buscam “proteger a economia dos EUA” e fortalecer o setor bancário.
“Nenhuma perda associada à resolução do Silicon Valley Bank será sustentada pelo contribuinte”, garantiram os órgãos americanos.