Enquanto as universidades públicas começavam a minguar, diante da escassez de investimentos, e o Ensino Técnico, forte e muito difundido no passado, regredia a olhos vivos, o Executivo Federal passou a conceder, há cerca de quatorze anos, indiscriminadas autorizações para centenas de novas faculdades particulares no Brasil, o que se estendeu por várias gestões.
Apesar de parte dessas faculdades terem realizado um investimento sério por um ensino de qualidade, outras tantas se tornaram fábricas disfarçadas de diplomas, nos quais os professores e professoras não podem sequer cobrar melhor aprendizado e rendimento adequado de seus alunos, sob pena de sumária demissão.
Desta forma, o Brasil possui milhões de bacharéis, com curso superior,a maioria desempregados, enquanto há evidente escassez de qualificação técnica e profissionalizante, sobretudo por promoção estatal, em áreas como manutenção informática, mecânica, entre outras, o que é um dos fatores decisivos para o agravamento dos atuais índices de desemprego.
Para que possamos atrair e fomentar polos industriais, criando milhões de postos de trabalho,inclusive com capital externo, além de um sistema tributário que onere menos a produção e de uma legislação compatível com a modernidade, precisamos de expressivo investimento na expansão da qualificação técnica, preferencialmente com integração ao Ensino Médio da rede pública, propiciando, sobretudo aos jovens de baixa renda, o ingresso mais rápido e facilitado ao mercado de trabalho.