Júlio Felix (*)
Os exames laboratoriais desempenham um papel fundamental para a preservação da vida, sobretudo no que diz respeito ao diagnóstico precoce de doenças. Mas também podem favorecer a gestão da saúde, a implementação de políticas públicas mais eficientes e o acesso aos serviços por toda a população.
São eles que fornecem informações objetivas e precisas sobre o funcionamento do organismo, permitindo a detecção e monitoramento de alterações que guiarão os médicos na condução de cada caso. Assim, quanto mais disponíveis estiverem, mais podem contribuir para o desenvolvimento de uma população saudável.
No que tange à prevenção e diagnóstico precoce, as análises clínicas são cruciais. Por meio delas é possível identificar fatores de risco para algumas patologias, antes mesmo que os sintomas se manifestem. Logo, quanto antes a intervenção é realizada, menor é o risco de complicações e maiores são as chances de sucesso do tratamento.
Os pacientes com doenças crônicas também se beneficiam significativamente desses exames, pois permitem o monitoramento contínuo da condição de saúde. São ferramentas essenciais para avaliar a eficácia de um tratamento quase em tempo real, por exemplo, e, desta maneira, permite que sejam feitos ajustes de rota tão logo seja necessário.
Além dos benefícios individuais, os exames laboratoriais favorecem a saúde pública, como comentei. Eles auxiliam na identificação e no controle de epidemias, no monitoramento de doenças infecciosas, no rastreamento de patologias, entre outras aplicações. Essas informações são essenciais para orientar políticas públicas e fomentar intervenções de saúde em níveis populacionais.
É neste ponto que a gente pode enxergar com clareza como os exames laboratoriais descentralizados favorecem o acesso aos diagnósticos de saúde, especialmente em áreas remotas. Ao permitir, por exemplo, que esses testes possam ser feitos remotamente, com devido amparo legal e rigor sanitário, se abre um leque de opções sobre onde buscar o serviço.
Quando não é possível o paciente se deslocar até o ponto de atendimento, cria-se um cronograma logístico capaz de levar o teste até ele. O médico responsável pode fazer o laudo à distância, pela internet. Vale saber que, no Brasil, já temos equipamentos, tecnologia e regulamentação adequadas para isso.
Assim, na prática, os laboratórios remotos buscam crescer a cobertura, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso rápido a um conjunto abrangente de conveniências essenciais para a manutenção da vida, independentemente de sua área de moradia, por exemplo.
Para garantir que esses exames estejam disponíveis para toda a população, primeiramente deve-se investir em políticas públicas de conscientização sobre a relevância deles para o bem-estar. A educação em saúde é fundamental na promoção de uma cultura de prevenção e autocuidado.
Também é bom considerar investir em mecanismos que ampliem a disponibilidade desses serviços. Assim eliminamos barreiras importantes desse processo em busca de qualidade de vida, como as dificuldades de deslocamento, seja por uma questão geográfica, socioeconômica ou até de condição física.
Em resumo, operações descentralizadas na área de análise clínica são valiosíssimas, e uma proposta inteligente e eficaz para garantir o acesso apropriado a exames, monitorar, preservar e tratar a população.
Ao reconhecermos a importância dos exames laboratoriais descentralizados, adotamos uma abordagem proativa que aumenta a qualidade de vida e reduz o impacto das doenças na população em geral.
(*) Diretor de relações institucionais e governamentais na Hilab