Abusos eram filmados e as imagens compartilhadas na internet. Foto: Reprodução
Um ex-diretor de uma escola de Ceilândia, suspeito de estuprar crianças e adolescentes, filmar os abusos e compartilhar as imagens na internet foi preso nesta sexta-feira (6) pela Polícia Civil. De acordo com as investigações, o homem de 53 anos fez pelo menos 11 vítimas, entre 12 e 17 anos. Todas do sexo masculino. Ao todo, 17 jovens a partir de 11 anos prestaram depoimento e alegaram que o ex-diretor coagia menores carentes em troca de lanche e pagamento de fotos com teor sexual. Segundo o delegado Ricardo Viana, por enquanto não há provas se os abusos também eram praticados na escola, que fechou nos anos 2000.
Ele está preso desde maio deste ano, em flagrante por portar HDs com \”centenas de vídeos e imagens sexuais\”. No entanto, o caso só foi divulgado nesta sexta-feira porque a polícia queria apurar a gravidade das imagens obtidas. A corporação informou que é \”o maior arquivo de imagens de pedofilia já encontrado em uma única ação\”. As investigações apontam que os atos eram praticados desde a década de 1990 – época em que ele era diretor da escola. Os policiais descobriram ainda que as imagens foram compradas por um segundo pedófilo, que vive em Belo Horizonte, em Minas Gerais, e também acabou preso por tempo indeterminado.
Com este segundo homem, foi encontrado um celular com diversas fotos de crianças e adolescentes nus em cenas de sexo. Os arquivos eram compartilhados via \”deep weeb\”, uma camada considerada mais oculta da internet. “Há indícios de que essas imagens foram repassadas a outras pessoas da capital federal e também de outros estados”, afirmou o delegado. Ele afirmou ainda que as investigações continuam para detectar a quantidade de dinheiro que corria no esquema e possíveis outras vítimas.
Entenda
As investigações da Polícia Civil começaram há um ano. Foram motivadas depois que encontraram vídeos de pedofilia no celular do ex-diretor durante uma investigação por receptação de veículo (ou seja, por comprar carro roubado).
Em maio, a Justiça autorizou nova busca na casa dele. Foi aí que os policiais encontraram o HD com as imagens.
Fonte: G1