A Associação Estudantil de Medicina do Distrito Federal (Aemed) mobiliza alunos para reivindicarem benefícios que servirão para eles próprios no futuro e para os atuais profissionais. Reativada recentemente, a entidade já contabiliza vitórias. Uma delas aconteceu durante a tramitação do Projeto de Lei que proíbe os cursos do Brasil de emitirem diploma de “bacharel em medicina”.
“Estivemos presente na Comissão de Educação (da Câmara dos Deputados) e evitamos que os estudantes continuassem sendo prejudicados. Quando foi feita a relatoria do PL, a Aemed trouxe a importância da atuação dos estudantes e divulgou as medidas”, diz o presidente da associação, Pedro Henrique de Souza Tavares
A partir de então, a pauta ganhou força e chegou à imprensa. “Ela era extremamente prejudicial, mas só ganhou visibilidade com o nosso trabalho”, ressalta. No dia 14 de abril deste ano, a proposta foi sancionada pela ex-presidente da República Dilma Rousseff.
Atuação
A associação é pautada pelos principais medidas que afetam a área da saúde e, a partir do contato com os estudantes, é criada uma agenda para defender a classe estudantil. “Muitas vezes, o estudante fica à margem do que está sendo decidido, pois a informação não chega pra ele. A Associação dos Estudantes faz esse canal. Divulga para o estudante o que está sendo votado”, afirma Pedro Henrique.
A luta não se restringe aos temas propostos pela saúde. A educação e a proteção aos estudantes também é outra bandeira levantada pela associação. “Acompanhamos pautas como o Fies, que tem uma grande importância pra gente. Além disso, a questão dos nossos campos de ensino que estão diretamente ligadas ao SUS, entre outras coisas. Tudo que está virando norma a nível do Ministério da Saúde e da Educação”, completa.
Solenidade
A Câmara dos Deputados realizou sessão solene em homenagem ao Dia dos Médicos na segunda-feira (17), véspera da data, 18 de outubro. Estudantes, coordenadores de curso, parlamentares e entidades ligadas à classe ocuparam o plenário Ulysses Guimarães para discutirem a representatividade dos médicos na política nacional e os novos caminhos da saúde pública. A sessão foi presidida pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF).
Durante a solenidade, questões de relevância nacional para a saúde pública, como a Proposta de Emenda Constitucional 241, o Ato Médico e o Mais Médicos, foram debatidas em plenário. Parlamentares governistas ressaltaram a importância da aprovação da PEC 241 para readequar as contas na Saúde e melhorar o Sistema Único de Saúde.
“Hoje, médicos acabam tendo que comprar materiais e até refeições para acompanhantes nos hospitais. Do jeito que está, o SUS está respirando por aparelhos. Precisamos votar matérias importantes para que a saúde pública volte a progredir”, disse o deputado federal Mauro Pereira (PMDB-RS).
Ao fim da sessão, foram entregues placas homenageando os coordenadores de cursos de medicina no Distrito Federal. Entre as entidades representativas presentes estavam o Sindicato dos Médicos (SindMédico) e o Conselho Federal de Medicina (CFM).
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