O cirurgião plástico Leonardo Dotto pensa sempre na melhor qualidade de vida que proporciona às pacientes que opera, mesmo com a observação de que a maioria das intervenções que faz se refere à estética. Ele vê e sente o embelezamento como pilar de uma vida melhor, mais agradável e prazerosa. Uma prova, segundo o médico, é a elevação da autoestima. “Em consultório particular, cerca de 90% nos procuram por questões estéticas”, afirma.
Levar bem-estar às pacientes entra no rol de motivos que o deixam satisfeito com sua especialidade, que exerce há 10 anos. Mas Leonardo também sublinha os aspectos profissionais como fonte de seu contentamento. “É desafiador. Não existe feijão-com-arroz. Cada paciente exige um enfoque próprio”, explica.
Harmonização – Para o cirurgião, seu objetivo principal é “tirar o desconforto da paciente”, seja na questão puramente da beleza ou não. Um de seus questionamentos é se uma mulher precisa sentir-se torturada, com uma barriga muito flácida, antes dos 30 anos, depois de três gestações. Se existe como retirar o excesso de pele do abdome restituindo a esta cidadã o prazer de viver, vestir biquíni, ir à praia e não sentir vergonha do marido, por que não fazer uma plástica?
Outro exemplo citado por ele é o de uma jovem de 20 anos que sente vergonha por ter seios muito pequenos, como de pré-adolescente, causando-lhe constrangimento. Por que não colocar silicone e resolver a situação? “Nós promovemos a harmonização do corpo”, sintetiza. Esses dois casos são reais e tiveram soluções que agradaram as pacientes que passaram pelo seu bisturi no centro cirúrgico.
Franqueza – Alguns casos não são resolvidos apenas com atividade física e necessitam da cirurgia como uma aliada. Mas a atividade física regular sempre será um complemento da cirurgia plástica e uma maneira de otimizar o resultado”, acentua. Há situações que somente o bisturi soluciona, como mudança no nariz que tira a vergonha de uma mulher mostrar o rosto, mas ele não aceita pedidos fora da realidade.
“Quando a paciente está com uma queixa ou um desejo irreal, muito fora do que a cirurgia consegue proporcionar, tentamos explicar nossos limites técnicos e mostrar em que pontos podemos realmente ajudar e quais características não conseguimos mudar. Uma consulta minuciosa e franca ajuda a paciente e o médico a decidir em conjunto o que trará maiores benéficos”, explica.} else {