Muitas vezes, queremos que a vida funcione num estalar de dedos, em que tudo é realizado de forma rápida e perfeita. Isso vai desde o processo criativo, em que queremos resultados imediatos, até como estamos nos relacionando com a nossa vida.
Há poucos dias, conversando com uma artista amiga, percebi algo enquanto ela falava do seu trabalho: o tempo da vida não é o mesmo tempo para todo mundo. Como assim? Pense comigo: se tudo fosse como um passe de mágica, nenhum caminho seria trilhado com profundidade.
Os artistas vivem isso de forma mais cotidiana, e podemos aprender muito com eles. O artista prolonga a curiosidade infantil para a vida adulta. E quando foi a última vez que você fez isso? Sua criatividade, sua produção, é a soma de todas as suas vivências cotidianas, de tudo que você viveu com presença de mundo.
Para chegar ao tão almejado “lá”, em que você é um ser criativo, precisa com que faça as coisas estando mais presente. Afinal, se não fosse assim, seriam só vazios, sem grandes histórias para nos preencher, ou memórias para contarmos aos amigos.
Sem intenção não criamos coisas incríveis. Somos o que acontece no entre. Entre uma fase e outra da nossa vida. Entre um projeto e outro. Entre uma caminhada. Entre o observar objetos comuns, do cotidiano.
Criamos coisas incríveis quando vivemos o mais do mesmo com curiosidade, com intenção, com olhar de criança, olhar de artista. O que te faz sair da rotina e te ajuda a criar coisas incríveis?