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O grupo militante Estado Islâmico, que tomou grandes áreas do território do Iraque e da Síria, reivindicou a autoria de ataques com homens-bomba em duas mesquitas usadas por muçulmanos xiitas no Iêmen nesta sexta-feira (20), de acordo com uma publicação no Twitter.
Pelo menos 126 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas nas explosões na capital Sanaa. Ambas as mesquitas são conhecidas por serem majoritariamente usadas pelo grupo muçulmano xiita huthis, que tomou o controle do governo iemenita.
O governo norte-americano divulgou uma nota condenando fortemente o atentado e dizendo que não pode confirmar que os suicidas eram afiliados ao Estado Islâmico.
O Iêmen vive o risco de uma guerra civil desde janeiro deste ano, quando o presidente Abd Rabo Mansur Hadi denunciou uma tentativa de golpe. Grupos radicais disputam o poder no país.
O atentado
Uma testemunha disse ter escutado duas explosões consecutivas em uma das mesquitas, em um bairro central da capital.
Em frente ao local, vários corpos jaziam em poças de sangue, enquanto os fiéis transportavam os feridos para hospitais próximos.
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Os hospitais de Sanaa estavam pedindo por doadores de sangue para ajudar no tratamento de um grande número de feridos.
Os huthis fazem suas orações nessas mesquitas, e entre os mortos está o imã da mesquita de Badr e importante líder religioso da milícia, Al-Mourtada ben Zayd al-Muhatwari, segundo uma fonte médica.
A ascendência ao poder do grupo huthi, apoiado pelo Irã, desde setembro do ano passado, aumentou as divisões da complexa rede política e de alianças religiosas do Iêmen, além de deixar o país excluído do restante do mundo.