O governador Ibaneis Rocha (MDB) garantiu, quarta-feira (29), que nenhuma medida em relação à volta as aulas nas redes pública e privada será tomada sem que o GDF tenha segurança sobre suas consequências.
A declaração do chefe do Executivo foi feita em meio às reações sobre possíveis datas a serem propostas pela Secretaria de Educação para o retorno das atividades nas escolas do DF, suspensas desde março.
Ele garantiu que o estudo que solicitou ao secretário João Pedro Ferraz dos Passos (Nota Técnica 9/2020, de 25 de abril) é apenas uma das etapas que serão consideradas no processo de retorno às aulas.
O próximo passo será submeter esse estudo às Secretarias de Saúde, de Mobilidade e à Codeplan (que subsidia o governo com informações a partir da pesquisas de dados).
“Precisamos ter uma noção clara de qual será o impacto no sistema de mobilidade em função do retorno das aulas. Hoje, há uma previsão de que aumente 5%, mas isso ainda precisa ser conversado com a Semob”, disse.
Ibaneis reforçou que as duas datas previstas na nota da Secretaria de Educação tornadas públicas na terça (27) não devem, por enquanto, ser levadas em consideração. O levantamento indica o retorno no dia 18 de maio para o ensino médio e 1o de junho para os outros níveis de ensino.
“O que pedimos para a Secretaria de Educação foi um estudo. Eles fizeram as sugestões, mas isso não é definitivo. Depende agora de outros setores fundamentais, como o da Saúde, que vai nos dizer se podemos fazer esta retomada com segurança”, conclui.
Ações – Na terça-feira, os Ministérios Públicos do DF e Territórios (MPDFT), Federal no DF (MPF-DF) e do Trabalho (MPT) ajuizaram ação civil pública na Justiça Federal pedindo a suspensão imediata de todas as atividades não essenciais no DF devido ao estado de emergência provocado pelo novo coronavírus.
Ibaneis disse que vai aguardar a decisão da Justiça para publicar os decretos que contenham as regras para a reabertura das atividades na capital.