Para solucionar o problema, direção pretende dar voz aos alunos e abrir as portas à comunidade
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A estudante Maria Eduarda de Carvalho Alves, 14 anos, não esconde o receio do que pode acontecer no caminho de casa até a sala de aula. Há pouco mais de um mês, a escola dela, o Centro de Ensino Fundamental 33, em Ceilândia, foi alvo de uma série de crimes patrocinados pelo tráfico de drogas na região. A insegurança culminou com a saída da diretora, que sofria ameaças de morte. “Mesmo assim, nunca pensei em desistir de estudar, porque sei que só dessa maneira posso garantir que serei alguém na vida”, afirma a adolescente.
A segurança além dos muros das escolas é tão importante quanto aquela que fica restrita aos seus limites. Quando uma delas falta, o aprendizado fica comprometido. “Ninguém consegue aprender com medo”, diz o coordenador regional de Educação de Ceilândia, Marcos Antônio de Souza. Agora, dois policiais militares passam o dia no CEF 33, graças a intervenção da Coordenação Regional de Ensino de Ceilândia.
Além da situação de insegurança, os alunos do CEF 33 sofrem preconceito. São chamados de “peba”, gíria que indica criminosos ou à toa. Guilherme Pereira de Sousa Moura, 15 anos, sofreu um assalto quando voltava para casa. “Quando conto onde estudo, dizem que aqui só tem bandido. Mas essa é uma das melhores escolas de Ceilândia”, afirma. Maria Eduarda reforça a crítica: “Temos muita coisa boa e nenhuma escola é perfeita”.
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