Estabelecimento de ensino mantém cultivo de verduras e frutas há mais de 20 anos. Oficina começará na terça-feira (2)
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Após se aposentar, na década de 1990, o servidor público Antônio Amorim dos Santos, de 75 anos, conta que ficou “sem paciência” com a falta de rotina e encontrou na plantação de hortaliças uma distração. “Quanto mais vamos plantando e cultivando, mais criamos amor a terra”, ensina.
A dedicação às plantas serviu de exemplo para professores, pais e alunos da Escola Classe nº6 do Gama, onde Amorim cultiva hortaliças, frutas e plantas medicinais há 23 anos — o que representa um reforço na merenda escolar de 290 estudantes entre 6 e 11 anos. A instituição vai sediar, em 2 de junho, curso de horta orgânica e viveiro para 62 pessoas, entre docentes, auxiliares e comunidade.
Com carga total de 24 horas, serão quatro encontros às terças-feiras, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. Entre os temas, estão plantação de canteiros, adubo orgânico, controle de pragas e doenças e produção em estufa. “As aulas vão treinar os professores para implantar o cultivo orgânico nas escolas”, afirma o coordenador da Regional de Ensino do Gama, Fernando Freire.
Parceria
A oficina é fruto de parceria entre a Secretaria de Educação, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) com objetivo de estimular a plantação e o consumo de alimentos saudáveis em boa parte dos 657 estabelecimentos de ensino.
A Emater doará um kit de ferramentas, com rastelo (equipamento para aplanar ou limpar a terra), regador e mangueiras, além de adubos e sementes, e o Senar cedeu professores para ministrar as aulas. As inscrições terminaram, mas segundo o instrutor do Senar Thiago Tadeu Campos, a ideia é levar o treinamento para outras regiões de Brasília.
Refeições
Quando começou o plantio de horta orgânica na década de 1990, o aposentado Amorim lembra que o espaço para plantações foi ficando cada vez maior na Escola Classe nº6. Hoje, o local tem de verduras a plantas medicinais, como babosa e mastruz.
De acordo com a diretora, Cátia Maria Marques, a atividade proporciona aos estudantes a oportunidade de acompanhar todo o processo de plantar e cuidar, além de contribuir para as refeições: “Desde pequenos, eles compreendem a importância das folhas e dos vegetais na alimentação”.
Para a coordenadora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação, Kelen Pedrollo, as hortas nas escolas formam hábitos saudáveis: “A experiência de o aluno visualizar o alimento, vê-lo crescendo e consumir é fabulosa”.
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