Tijolos e bloquetes reciclados – Fotos: Divulgação
Chico Sant’Anna
Durante décadas, a Estrutural recebeu rejeitos do brasiliense. Formaram-se montanhas de lixo e de entulho. O Lixão foi desativado, mas a área de entulhos da construção civil continua ativa. Recebe, em média, 6 mil toneladas de rejeitos por dia. Agora, parte desse material virará matéria prima para a construção da biblioteca pública da cidade. Do entulho, nascerá a base de fomento da cultura local.
Há meses, o Instituto Tijolo Solidário atua na transformação de resíduos das obras em tijolos de terra compactada, blocos de concreto, bloquetes para pavimentação de ruas e calçadas. Parte da mão-de-obra é formada por antigos catadores de lixo, que perderam seu sustento com o fim do Lixão.
Tijolos e bloquetes reciclados – Foto: Divulgação
De cada dezoito toneladas de entulho, produz-se um milheiro de blocos de concreto. A capacidade de produção mensal é de 75 mil blocos e 600m² de paver. Tudo ecologicamente correto, nos padrões da ABNT e até com laudo toxicológico, segundo as normas da Organização Mundial de Saúde.
“O que anos atrás era sonho, começa a tomar forma. São apenas algumas paredes de uma biblioteca, e, logo, logo, construiremos casas sustentáveis com a participação popular, a baixo custo, protegendo o meio ambiente. Ter uma biblioteca para contar a história do surgimento da Cidade através do lixo, sobre o cooperativismo e a sustentabilidade da reciclagem também na construção civil é muito gratificante. Vamos trazer a comunidade para falar de lixo de uma forma diferente”, avalia Paulo Batista, o Paulão da Estrutural, mentor do Tijolo Solidário.
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