Retenções e grandes congestionamentos fazem parte da rotina de todos os moradores de Águas Claras. Mais de 35 mil veículos circulam diariamente na Região Administrativa e se apertam principalmente nas duas únicas saídas para a Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG). A previsão do Governo de Brasília, no entanto, é que já em 2019 o trânsito da cidade tenha um bom desafogo.
O GDF vai construir mais uma saída para a EPTG, que passará por dentro da área da residência oficial do governador. A via terá dois quilômetros e custará R$ 5 milhões aos cofres públicos. O custo, segundo o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), é baixo quando se leva em consideração que serão mais de 10 mil carros trafegando diariamente pela nova válvula de escape da cidade brasiliense dos arranha-céus.
A moradora Thaís Braga comemorara a iniciativa. \”É uma grande esperança de melhora no trânsito da cidade\”, destaca. A nova saída, segundo o DER, terá duas faixas de cada lado e uma ciclovia. A obra será licitada ainda neste ano e a previsão do GDF é de que as esteja concluída em até seis meses. A ligação partirá daAvenida das Pitangueiras e da Avenida Parque até a EPTG.
Impacto – Segundoo presidente do DER, Márcio Buzar, a nova saída foi projetada para causar o menor impacto ambiental possível, jáque terá que passar por dentro do Parque Ecológico de Águas Claras. \”O projeto foi traçado em conjunto com o Ibram para que interfira o mínimo possível no parque\”, pontua.
A obra só foi possível depois que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) doou 34 hectares da residência oficial para o Parque de Águas Claras. Na avaliação do estudante Victor Gomes, a nova saída é um avanço para a cidade, mas é preciso questionar o número de carros. \”Os moradores precisam se conscientizar. Carona solidária, uso do metrô e da bicicleta são saídas mais eficazes do que as obras\”, aconselha.
Ciclovias – O incentivo ao uso de bicicletas também faz parte da política de mobilidade urbana do governo. Ao todo, 25,7 quilômetros de ciclovia estão em fase final de construção às margens da EPTG, passando por Taguatinga, Águas Claras e Guará.
Serão três faixas de ciclovia, nas marginais e no canteiro central da via. O custo total da obra ficou em R$ 8 milhões. O ciclista Lucas Oliveira, que diariamente se arrisca pelo acostamento da EPTG, conta os dias para a inauguração da obra. \”Vai ser um grande avanço. Tomara que seja de fato usada\”, comenta.
Segundo o Governo de Brasília, também serão construídas outras duas ciclovias, na DF-290 (entre o Gama e a BR-040) e no Lago Oeste. Ainda no eixo Águas Claras-Taguatinga-Guará, existem obras na ligação entre Águas Claras e o Núcleo Bandeirante, recentemente duplicada para os veículos, e da EPTG à Estrutural, passando pelo Jockey Club.
Além da ciclovia, outras 12 obras estão sendo tocadas em todo o DF para melhorar a fluidez da mobilidade urbana da cidade. O intuito do governo é melhorar a qualidade do asfalto, dar segurança à travessia de pedestres e aumentar a oferta de vias próprias para bicicletas. Integram esse pacote, por exemplo, o Trevo de Triagem Norte, a Ligação Torto-Colorado e a passarela Nova Colina (em Sobradinho).