A Organização Mundial da Saúde estima que 190 milhões de mulheres são diagnosticadas com endometriose no mundo, destas, sete milhões são brasileiras. A doença afeta de forma significativa a fertilidade. Ela surge quando o tecido endometrial se implanta fora do útero, provocando reação inflamatória e dor, levando a uma formação de aderências pélvicas que desconfiguram a anatomia local e acarretam na disfunção perineal, o que afeta a capacidade reprodutiva. Com a finalidade de promover a conscientização da sociedade sobre o tema, foi criado o “Março Amarelo”, campanha nacional para debater os sinais, sintomas, prevenção, diagnóstico e tratamento da endometriose.
Apesar de ser algo corriqueiro, em torno de 15% das mulheres com endometriose são assintomáticas. As demais sofrem com cólicas menstruais progressivas, que vão agravando com o passar dos anos. Por outro lado, a endometriose afeta 10% das mulheres em idade reprodutiva e cerca de 30% a 50% delas apresentam infertilidade.
O diagnóstico precoce, portanto, é fundamental para evitar a infertilidade, assim como o tratamento. Para isso é necessário que a mulher esteja atenta aos sinais e sintomas da doença e, para diagnosticar os casos assintomáticos, fazer pelo menos um ultrassom transvaginal de rotina anual.