O avião da Lamia que levava o elenco da Chapecoense e 21 jornalistas para a Colômbia e caiu matando 71 pessoas na madrugada de terça-feira (29) não cumpriu o plano de voo previamente estabelecido. Foi o que afirmou o CEO da empresa aérea, Gustavo Vargas, em entrevista, hoje, ao diário boliviano Página Siete.
Vargas admitiu que “o avião deveria ter reabastecido em Bogotá” em vez de seguir viagem para Medellín. Ao decidir por não parar na capital colombiana, o piloto Miguel Quiroga colocou em risco o nível de combustível da aeronave, o que causou a pane elétrica e a queda numa área montanhosa próxima a Medellín, onde ocorreria o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana nesta quarta-feira (30).
Esta investigação está sendo realizada pelas autoridades colombianas e pela Aeronáutica Civil da Bolívia, país de onde saiu o voo. Até o momento, a causa mais provável do acidente foi a falta de combustível apresentada pela aeronave quando estava a cerca de 13 quilômetros do aeroporto de Medellín.
Os níveis estavam no limite e seriam suficientes para completar a viagem, porém, o Avro RJ85 que levava a delegação da Chape teve de esperar e realizar voltas no ar por conta do pedido de pouso de emergência de um outro avião, da companhia Viva Colômbia, que vinha de Bogotá.
Um áudio, divulgado nesta quarta pela Rádio Blur, da Colômbia, registrou novo áudio da conversa entra o piloto Miguel Quiroga e a torre de controle do aeroporto José Maria Córdova, confirmando esta tese. (Leia aqui)