Segundo o jornal O Globo, os repasses estão identificados no balanço interno da empreiteira como \”Contribuições e Doações\” e \”Bônus Eleitorais\”
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Pela primeira vez na Operação Lava-Jato, deflagrada em março do ano passado pela Polícia Federal, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece em uma das pontas da investigação. De acordo com reportagens divulgadas ontem à noite pelos sites dos jornais O Estado de São Paulo e O Globo, a PF identificou o pagamento de R$ 3 milhões ao Instituto Lula e outros R$ 1,5 milhão à LILS Palestras Eventos e Publicidade, empresa do ex-presidente, pela construtora Camargo Corrêa, uma das empreiteiras investigadas no escândalo do petrolão.
Segundo o jornal O Globo, os repasses estão identificados no balanço interno da empreiteira como “Contribuições e Doações” e “Bônus Eleitorais”. “Os pagamentos foram anexados ao inquérito que apura a participação da empresa e de seus executivos no esquema de corrupção. De acordo como o laudo, entre 2011 e 2013, a Camargo Corrêa pagou três parcelas de R$ 1 milhão, cada, ao Instituto Lula. No mesmo período, a construtora informou à Receita que pagou R$ 1,5 milhão a LILS Palestras, Eventos e Publicidade. A empresa foi criada pelo ex-presidente após a sua saída do Planalto e era responsável pelo contratos de palestras e eventos feitos por Lula no Brasil e no exterior”, diz trecho da reportagem.
Em nota divulgada em seu site, o Instituto Lula informa que “os valores citados” foram doados “para a manutenção e desenvolvimento de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo”. “Os três pagamentos para a LILS são referentes a quatro palestras feitas pelo ex-presidente, todas elas eventos públicos e com seus respectivos contratos. O Instituto Lula não prestou nenhum serviço eleitoral, tampouco emite bônus eleitorais, o que é uma prerrogativa de partidos políticos, portanto, deve ser algum equívoco”, informa o texto, que enfatiza que as “doações ao Instituto Lula e as palestras do ex-presidente não têm nenhuma relação com contratos da Petrobras”.
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