Aquele período em que os times levavam jogos para outras praças acabou. Em congresso técnico realizado na tarde desta segunda-feira na sede da CBF, no Rio de Janeiro, ficou decidido que os clubes estão proibidos de vender partidas para estádios de outros estados no Brasileiro 2017. Não foi uma decisão unânime, já que algumas agremiações votaram de forma contrária.
A prática já vinha sendo alvo da entidade há algum tempo. No ano passado, a CBF proibiu que os clubes vendessem seus jogos nas cinco rodadas finais do Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG levantou a questão e foi apoiado pela maioria. O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, não gostou da medida. O placar da votação teve 14 votos a favor e seis contra.
– Claro que o Flamengo não votou a favor. O Flamengo é um clube nacional, tem torcida em todos os lugares, acho que essa decisão foi muito ruim, porque ela inclusive inviabiliza três ou quatro arenas que foram construídas para a Copa. Elas sobrevivem hoje de clubes fora de seus estados, principalmente o Flamengo. Fomos absolutamente contrários, mas não há nada a fazer – lamentou Bandeira.
Outra medida, mas apenas para 2018, atinge em cheio o Atlético-PR. Nenhum estádio no ano que vem poderá ter campo de grama sintética. A Arena da Baixada, em Curitiba, tem gramado artificial desde fevereiro de 2016.
A sugestão foi levantada pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, que chegou a dizer. \”Em grama sintética meu time não vai jogar\”.
Os clubes se dividiram, mas a maioria aprovou a ideia de Eurico – 15 votos a favor e cinco contra , com a ressalva para que só passe a valer daqui a dois anos. Em 2017, as equipes poderão fazer um treino na véspera de cada partida na Arena da Baixada.
– Esse ano é uma transição. Está aprovado um período transitório. Isso não impede de chegar no conselho técnico do ano que vem e os clubes reverem isso aí, mas agora foi decidido que para 2018 não será permitido – disse Manoel Flores, diretor de competições da CBF.
A CBF também levou para votação uma proposta para que houvesse um limite de 33 atletas inscritos por equipe. Os clubes foram contrários, principalmente por conta da janela de transferências no meio do ano, e a medida não foi aprovada. A capacidade mínima dos estádio caiu de 15 para 12 mil lugares.
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