Um macaco foi encontrado morto nesta terça-feira (23) em uma chácara de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. O animal foi recolhido pela Secretaria Municipal de Saúde, que o encaminhou para um laboratório em Brasília para realizar exames.
Este é o primeiro macaco encontrado morto em Novo Gama neste ano. Ainda não houve registro de casos de febre amarela na cidade nem no estado em 2018.
“Não tivemos nenhum caso registrado. A cobertura vacinal está em dia. Acredito que não seja febre amarela, mas vamos aguardar o resultado”, disse a secretária de Saúde, Wisliane Maximiano do Nascimento ao portal G1 de Goiás.
Transmissão de febre amarela
O surto de febre amarela no país levou moradores de algumas regiões atingidas a matarem macacos por medo da doença. Porém, o Ministério da Saúde alerta que os macacos não transmitem a doença diretamente para humanos e que eles são importantes para sinalizar a presença do vírus transmitido por mosquitos. Por isso, esses primatas devem ser protegidos em seu ambiente natural.
Em sua forma mais branda, a febre amarela se parece com uma virose simples. Pode apresentar febre, mal-estar, enjoos, vômitos e dores musculares. Na mais grave, icterícia (coloração amarelada de pele e olhos), urina escura, falência renal, falência do fígado e de outros órgãos e até morte.
De acordo com o superintendente de Vigilância e Saúde de Goiânia, Robson Azevedo, não há motivos para temer ou matar os macacos.
“Nós moramos em uma região endêmica, então nóstemos o vírus circulando em todo o Centro-Oeste brasileiro. E é esta, justamente, a importância do macaco. O macaco, quando nós encontramos ele morto, fazemos os exames e identificamos os vírus, então eu sei que naquela região, naquele local, eu tenho o vírus circulante. Volto a falar que as pessoas não devem matar o macaco, pois ele é um excelente indicador epidemiológico”, disse.
Com informações do G1 GO