A novela sobre a definição do nome de vice na chapa do ex-governador José Roberto Arruda (PR) promete novos capítulos até o encerramento do prazo para registro das candidaturas, no próximo sábado. Mesmo com a ordem do PPS nacional, que proibiu terminantemente a aliança e dissolveu o diretório local do partido, a distrital Eliana Pedrosa reafirmou ontem que continuará a ocupar a vaga ao lado de Arruda na chapa majoritária. Por outro lado, o grupo arrudista começa a trabalhar com um plano B e sonda outros nomes ligados à família Roriz. Ontem, o diretório nacional do Democratas (DEM) também vetou aliança majoritária do partido com o PR local, mas autorizou o acordo proporcional.
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Eliana participou de evento na segunda-feira, na sede regional do PR, na Colônia Agrícola Samambaia. Ela discursou e se apresentou como vice de Arruda. Garantiu que a decisão tinha sido referendada pela convenção local. Na mesma noite, o diretório nacional do PPS se reuniu e decidiu desfazer o acordo no DF, destituir a deputada da presidência do diretório regional e nomear uma comissão interventora para discutir os rumos do partido nas eleições distritais. Foi firmado apoio ao candidato Luiz Pitiman (PSDB), com a indicação de Adão Vicente, da Executiva Nacional, para vice.
Roberto Freire, presidente nacional do PPS, se posicionou contra a aliança com Arruda alegando que qualquer acordo com grupos aliados ao PT teria de passar por consulta prévia pela Executiva Nacional. O PR anunciou apoio à candidatura à reeleição de Dilma Rousseff (PT) na segunda. O PPS do DF, nesse sentido, teria desrespeitado uma orientação superior. “Foi lamentável agir assim. Tentamos fazer a Eliana mudar de ideia até a última hora, mas ela insistiu. Dissemos que o acordo seria ruim para ela e para o partido, só que ela não desistiu”, explicou o vice-presidente regional do PPS e presidente da comissão interventora, Francisco Carlos de Andrade. Assim, a tendência é de que a definição do futuro do PPS vá parar na Justiça.