Nas articulações desta semana da campanha dos pré-candidatos às eleições de novembro da seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) a agenda esteve cheia de eventos com apoiadores e muitas reuniões registradas e divulgadas pelas redes sociais.
Entre os postulantes estão Thais Riedel, Evandro Pertence, Patrícia Garrote, Guilherme Campelo e Renata Amaral. O atual presidente, Délio Lins e Silva Júnior, ainda não anunciou oficialmente sua pré-candidatura, mas participa de eventos institucionais que evidenciam suas pretensões.
No último fim de semana, a onda laranja – termo tradicionalmente usado pela categoria para apoiar o grupos de situação – marcou presença no movimento “OAB no Rumo Certo” – não lançado oficialmente – apoiado pelo atual presidente da entidade.
Cerca de 500 advogados estiveram presentes, entre eles o ex-presidente da OAB-DF, Francisco Caputo, e a advogada Daniela Teixeira, que destacaram o cumprimento das promessas de campanha da atual gestão.
Entre elas, a paridade de gênero, modernização, digitalização da Ordem – hoje com serviços 100% digitais -, descentralização da seccional, por meio da autonomia das subseções, além das medidas adotadas para auxiliar a advocacia durante a pandemia.
Nesta semana, a OAB/DF inaugurou pontos de apoio para a categoria no Paranoá, em Santa Maria e em Sobradinho.
Apoio da Ampol
Especialista em Direito Previdenciário, Thais Riedel é uma das que formalizaram a pré-candidatura em agosto, mês em que é celebrado o Dia da Advocacia. Apoiada pelo movimento “Respeito é a Ordem”, a semana da pré-candidata contou com encontros e bate-papos com advogados.
Thais também divulgou em suas redes sociais o apoio recebido pela Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil (Ampol), o que gerou burburinho na categoria em relação a quem o apoio favoreceria.
Outro nome que participa da disputa é Evandro Pertence, filho do ex-ministro Sepúlveda Pertence, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi lançado como pré-candidato em julho por um grupo de advogados para encabeçar o movimento “Fala Adv”.
O pré-candidato aproveitou a agenda da semana para encontros e ressaltar o Dia da Igualdade Feminina, em conversa sobre racismo e feminismo.
Participação feminina
Ao lado de Thais Ridel, as postulantes Patrícia Garrote e Renata Amaral completam o trio de mulheres que torna a eleição deste ano uma das disputas com maior participação feminina na história.
Garrote usou as redes sociais para defender as causas das mulheres e paridade de gênero, enquanto Amaral criticou eventos presenciais organizados pelos adversários com o intuito de atrair aliados até o dia da eleição, em novembro.
Disputa judicial
A semana também foi marcada por disputas judiciais entre Délio Lins e Thais Riedel. Em suas redes, a pré-candidata divulgou decisão do conselheiro federal da OAB, Luiz Renê Gonçalves do Amaral, determinando que o atual presidente da entidade retirasse três postagens que divulgou em sua conta pessoal do Instagram.
Em nota, o presidente da seccional explicou que não existe autopromoção de quem sequer é candidato, e que “o que consta nos autos da Representação Eleitoral é, na verdade, uma decisão, em caráter liminar. Ou seja, provisório, sugerindo que se retirem do ar, mais especificamente da rede social privada do Presidente, as três postagens que, em cujas artes, não constem expressamente a logomarca da OAB/DF. “Frise: até que se dê seu julgamento de mérito”.
Por outro lado, Thais responde por duas acusações de propaganda eleitoral antecipada e irregular. As representações apontavam que a pré-candidata usava as redes sociais para antecipar a propaganda eleitoral ao se apresentar como candidata e expor propostas.
Na sexta-feira (20), a Comissão Eleitoral Nacional do Conselho Federal da OAB determinou que a pré-candidata retirasse de suas redes sociais todas as publicações com impulsionamento pago e links patrocinados, sob pena de pagar multa no valor de uma anuidade.
A decisão também valeu para o “Movimento Respeito é a Ordem”. A campanha de Riedel enfrenta outros percalços, por enviar mensagens diretas aos eleitores, o que ainda não é permitido no pleito da entidade.