Os sócios do Iate Clube de Brasília vão às urnas na quinta-feira (5) eleger a nova diretoria, formada por 60 conselheiros, sendo 40 titulares e 20 suplentes. O Iate é o maior clube do Centro-Oeste e a Comodoria e o Conselho Deliberativo pelos próximos três anos são disputados por duas chapas.
O favorito para a Comodoria é Luiz André Almeida Reis, o Culé. Ele representa a continuidade da atual gestão e disputa o cargo com Fábio Gondim, ex-secretário de Saúde do DF por sete meses no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB). O comodoro atua como “Poder Executivo” do clube. A situação acusa Gondim de usar o Iate como “trampolim” para uma provável disputa eleitoral em 2026 (foto).
Para o Conselho Deliberativo, a tendência de vitória está com a chapa 600, que também conta com membros da atual gestão. O presidente do Conselho, Edison Garcia, não concorre à reeleição. Ele é presidente da Neoenergia e aliado do governador Ibaneis Rocha (MDB). O Iate Clube tem uma previsão de orçamento de R$ 60 milhões para 2024.
Oposição
A chapa Renovação Iatista, da oposição, é liderada por Fábio Gondim e chega à reta final da campanha com discurso de redução de taxas pagas pelos sócios, alternância de poder e mais transparência nas decisões da Comodoria.
“Somos um grupo de sócios que preserva as tradições e honra a história do Iate, sempre com foco na modernização e melhorias dos serviços. Queremos um clube melhor e mais barato para os associados”, diz Gondim, lembrando que a instituição prevê uma receita de R$ 60 milhões para 2024.
Candidato a Comodoro pela chapa 33, Gondim defende a geração de novas fontes de arrecadação, como, por exemplo, a captação de patrocínios e a valorização da marca clube.
Gondim esteve na presidência de Orçamentos do Conselho Deliberativo de 2017 a 2020. À época, eliminou a taxa extra (contribuição patrimonial), reduziu a taxa de transferência de título, diminuiu a mensalidade da academia e garantiu a gratuidade da segunda e da terceira mensalidades nas escolinhas esportivas.
Ao contrário do que apontam seus adversários da situação, Gondim garante que não tem pretensão de concorrer a qualquer cargo eletivo em 2026. Caso eleito, adianta que não guardará mágoas dos opositores, apesar dos diversos ataques pessoais sofridos ao longo da campanha.