No sentido psicológico, Ego é o centro da consciência. No sentido espiritual, é o conjunto de ilusões que fazem você sentir-se importante: cor da pele, dinheiro, poder, conhecimento, profissão, sobrenome de família, origem, raça, cargo que ocupa, beleza, etc.
Sentindo-se importante, você afasta-se dos que não considera importantes e, em consequência, afasta-se de Deus, porque \”Deus ajuda os homens por meio dos próprios homens\”.
É por esse motivo que o trabalho de todo mestre com o discípulo é destruir-lhe o Ego, para que, sem ilusões, ele possa ver a realidade, possa ver Deus em cada criatura, e concluir que todo ser humano tem o mesmo potencial divino. É desta maneira, ele pode verdadeiramente amar.
Sem Ego não há separação. Logo, não há exclusivismo e nem exclusividade.
Mas porque é tão difícil livrar-se do Ego? Porque o Ego é uma defesa. Pelo nosso estágio atual de inferioridade em relação à nossa potencialidade, procuramos nos proteger criando ilusões de importância. Entretanto, como estamos destinados à integração com Deus, o Ego nos paralisa, porque é separador.
A condição básica na caminhada para Deus é que caminhemos colaborando, principalmente com os que estão mais atrás do que nós. Este é o simbolizado da cruz: a haste vertical simboliza a Lei de Progresso, a horizontal, a Lei de Solidariedade, e no encontro das duas, o símbolo de união: Nós. Todos aprendendo com todos, todos se ajudando.
Osho ensinou: \”Eu ajudo apenas pela alegria de ajudar, pelo simples prazer de compartilhar o que existe em mim.
Quando você é uma pessoa alegre, feliz, realizada, você deseja que todos sejam felizes também, pois a sua própria felicidade é multiplicada pelo fato de outras pessoas serem também felizes. Nós não somos ilhas isoladas; somos parte de um todo, de um único e imenso continente. Se fizermos mal a alguma pessoa, estaremos causando mal a nós mesmos\”.