Este ano, o Dia dos Professores e das Professoras transcorreu em tempos de profundo retrocesso sociopolítico e econômico. Por isso, é indispensável refletir sobre a educação que queremos e o professor ou a professora que devemos ser.
Faremos coro com um modelo de educação que não abre espaço para a solidariedade, para a troca de ideias; que ignora as vidas e as relações sociais? Ou defenderemos uma educação que permite às pessoas o pensamento crítico, a consciência social e de classe; que permite a construção de escolas que rompem com a reprodução da desigualdade e do preconceito?
Negacionista no Ministério da Educação
No Ministério da Educação, temos um negacionista que atua para uma educação excludente e, no Ministério da Economia, um banqueiro que tem negócios em paraísos fiscais e lucrou R$ 15 bilhões com a mesma política econômica que impôs ao povo brasileiro a corrida por ossos para enganar a fome.
No Planalto, um presidente que facilita a compra de armas e pede taxação de livros; que subtraiu quase R$ 5 bilhões da Educação em apenas um ano; que diz que professores existem em “excesso” e isso “atrapalha”.
Reajuste parado há seis anos
No Distrito Federal, o governador tenta todas as manobras para deixar de pagar a última parcela do reajuste devido há seis anos. Além disso, o GDF infla a rede pública de ensino com contratação temporária e faz vista grossa à nomeação dos 373 professores(as) que estão no banco do último concurso, homologado em 2017.
Por isso, se cabe a nós, professores e professoras, refletir sobre a educação que queremos, a sociedade que almejamos e qual o nosso papel, cabe também refletir sobre o governo que pode proporcionar esse cenário.
Tal reflexão é para que possamos nos libertar das amarras desta triste conjuntura que nos cerca e nos fortalecermos para desenhar um amanhã muito melhor – para nós, para a educação e para o Brasil.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital