O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), virou alvo de críticas após entrevista, na terça-feira (14), e precisou se retratar. Ele afirmou que o “reerguimento do comércio local” tem sido afetado pela quantidade de doações feitas para a população gaúcha, atingida pela maior catástrofe ambiental da história do estado.
“Na verdade, quando você tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao estado, há um receio sobre o impacto que isso terá no comércio local”, disse o governador à Band News. No dia seguinte à fala infeliz, e após milhares de críticas, alavancadas por setores da esquerda, o tucano pediu desculpas. “Em nenhum momento tive a intenção de inibir as doações que o Brasil e o mundo têm feito ao povo gaúcho”.
Desde o início da tragédia ambiental, Leite ganhou quase meio milhão de seguidores no Instagram. Ele comunica praticamente em tempo real a situação de calamidade e as ações do governo.
Apesar disso, uma pesquisa da Quaest publicada em 9 de maio mostra a insatisfação dos gaúchos com o governante. Para 68% dos entrevistados, o governo estadual “tem muita responsabilidade” pela tragédia. Enquanto as prefeituras são responsabilizadas por 64% e o governo federal por 53% das pessoas ouvidas.