Pesquisas publicadas recentemente apontam que mais de 30 por cento dos eleitores pretendem votar em branco ou anular o voto. Os problemas da velha política e o desalento dos cidadãos com os políticos têm levado a maioria das pessoas a demonstrar grande apatia em relação às próximas eleições. Muitas não querem ir às urnas.
Eu sou de uma geração que acredita na política e defende a sua importância como fator decisivo para a consolidação da democracia. Não podemos abrir mão da democracia.
Se nos abstivermos de votar e de escolher nossos representantes, vamos abrir mão de um Estado forte que ofereça serviço público de qualidade. E isso eu não quero para mim, para os meus filhos e para as famílias do Distrito Federal.
Votar em branco ou nulo não vai anular uma eleição, mas apenas permitir que um número menor de pessoas decida o destino de todos.
O eleitor de Brasília e do Brasil precisa quebrar a lógica da política tradicional.É preciso, votar, sim. É preciso escolher nossos representantes. É urgente escolhermos candidatos que entendam de políticas púbicas verdadeiras e possíveis de serem implementadas.
Candidatos que entendam de gente e que queiram acabar com a enorme desigualdade social do Brasil, com a injusta diferença de rendimentos entre ricos e pobres. Candidatos que queiram acabar com a fome e que trabalhem duro pelo desenvolvimento do País e pela geração de emprego.
Em plena Capital da República, temos famílias catando lixo para sobreviver e para sustentar suas crianças. Se, simplesmente, não “ligarmos” para a política, não iremos mudar esse cenário onde cidadãos, muitas vezes, não têm o que comer.
Também precisamos trabalhar pela saúde e pela educação. Os problemas são muitos e do conhecimento de todos. Não é possível ignorá-los.
Em 7 de outubro, vamos eleger as pessoas que cuidarão do Brasil e dos brasileiros nos próximos quatro anos.O momento não é de desistência da política, de “deixar pra lá”. O momento é de reflexão e de coragem. E é por isso que devemos nos unir para a construção de um DF e de um Brasil melhores.
Vamos votar,sim. Vamos optar pelo voto consciente. É comum olharmos mais para os postulantes à presidência da República e ao Palácio do Buriti, mas vamos também ficar atentos aos candidatos à Câmara dos Deputados.
O Parlamento é a caixa de ressonância da sociedade, e é por meio dele que se tornam possíveis os elos mais fortes entre os cidadãos e seus representantes.
A liberdade de um povo, a democracia e a soberania das leis só existem com o exercício da política. Sem a política, o resto é tirania.
Por tudo isso, não deixemos de votar, não deixemos de participar.
(*) Deputada distrital e candidata a deputada federal (PP-DF)