Diz um amigo que, a essas alturas, falar com Deus é mais fácil do que com o vizinho (salões de barbeiro ou de beleza que o digam). Se no lugar do vizinho colocarmos algum político, aí é que a coisa complica.
Neste mundo polarizado, o difícil diálogo se transforma em mensagens mentirosas para levar o estimado público a confundir crenças particulares com verdades absolutas, eliminando toda e qualquer possibilidade de diálogo até entre os que se declaram cristãos.
Como a maioria dos políticos parece disposta a ver o circo pegar fogo, com fake news chamadas de liberdade de expressão, é raro encontrar alguém com a cabeça no lugar.
Aqui entra o senador Randolfe Rodrigues, que deseja trocar temas como costumes e comportamento por pautas que digam respeito a seu dia a dia – e não apenas a fanáticos religiosos e aproveitadores amantes de teocracias.
Seja como for, a proposta de Randolfe faz sentido. Segundo o meu amigo que abriu esta notinha, chegado numa autoajuda, as conversas com seu vizinho devem rolar sobre assuntos mundanos, relevantes para seu cotidiano.
Quanto às suas orações, que sejam para afastar as encrencas da vida. Ou para agradecer por estar feliz com suas crenças.