O governador Ibaneis Rocha está prestes a se confrontar com duas polêmicas que renderam desgastes aos seus antecessores: A desocupação de áreas verdes do Lago Sul e Norte e a mudança de nome do estádio Mané Garrincha. Da primeira ele não tem muita escapatória, mas, se usar a habilidade do velho ponta-direita do Botafogo, saberá driblar a segunda.
Alguns acham que é coisa de botafoguense, mas a verdade é que mexe com o brio dos brasilienses. O governo Agnelo (PT) fez de tudo para retirar o nome Mané Garrincha e comercializar a denominação do estádio. Na ocasião, a imprensa comentou a existência de um contrato milionário com a Coca-Cola e, ao contrário do que muitos pensavam, as cadeiras vermelhas do Mané não eram para homenagear o petismo, mas sim a marca de refrigerante.
A população de Brasília se indignou e não autorizou nem mesmo o uso genérico do Estádio Nacional de Brasília. A aversão popular chegou à Câmara Legislativa e a então deputada Liliane Roriz (PSD) apresentou projeto de lei que batizou o estádio com o nome do craque das pernas tortas. Dezessete dos 24 deputados apoiaram a iniciativa.
Teimoso, Agnelo foi para o segundo tempo: Vetou o projeto. Aí a torcida se fez ainda mais presente. Até Elza Soares, viúva de Garrincha, entrou em campo. E na prorrogação a Câmara Legislativa derrubou o veto do Executivo.
Agora, no primeiro ato da gestão privatizada, os novos donos anunciam que vão mudar o nome do estádio. Pior: Pretendem vender o nome da arena. E Ibaneis, sem necessidade, entrou numa bola dividida, cogitando o nome de “Arena BRB”.
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