A despeito do esforço do Banco Central com leilões de swap reverso, o dólar à vista encerrou os negócios nesta terça-feira, 12, em queda e marcou a menor cotação desde 20 de agosto de 2015 A moeda americana caiu 0,19% ante o real, aos R$ 3,4911.
A principal justificativa de operadores e analistas para o fortalecimento do ativo doméstico foi o cenário político. O aumento do número de votos na Câmara a favor do impeachment (300), a despeito da maior aderência de deputados contra o impedimento (125), conforme levantamento do Grupo Estado, foi uma das notícias citadas como justificativa para o fortalecimento dos ativos domésticos.
Esse resultado mostra que o mercado não refletiu o resultado esperado pelo Banco Central para os cinco leilões de swap reverso convocados hoje. No total, o BC ofereceu 160 mil contratos, o que equivale a uma oferta de compra de aproximadamente US$ 8 bilhões no mercado futuro.
A oferta na parte da manhã de 40 mil contratos de swap reverso chegou a conduzir o dólar para cima. Ainda no primeiro turno dos negócios, a moeda bateu a máxima aos R$ 3,5622. Na mínima, observada logo após o anúncio do último leilão pelo BC, a moeda cedeu aos R$ 3,4896.
No mercado futuro, a moeda para maio também reagiu ao cenário político. Depois de exibir valores maiores, encerrou o dia em ligeira alta, de 0,03%, a R$ 3,5120.