É incrível como o açúcar e os doces estão associados à premiação. Isto acontece muito nas relações entre adultos e crianças, mas a questão aqui é que esse tipo de atitude vem acontecendo cada vez mais cedo. O ideal é que bebidas açucaradas e doces sejam experimentados pelas crianças apenas após os dois anos de vida.
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Eu sei que muita gente vai ler isso e vai achar que é tempo demais; que não tem problema dar um docinho “de vez em quando”. De fato, de vez em quando, caso a criança tenha mais do que dois anos, não tem problema, dependendo da situação em que a guloseima será oferecida. Mas, antes disso, quando a criança está aprendendo o sabor dos alimentos, o mais interessante é oferecer as preparações com o sabor natural das frutas, por exemplo, se estivermos falando de sucos.
Já falei muito sobre a importância de se evitar os alimentos industrializados, ultraprocessados. Se esses produtos fazem mal aos adultos, que dirá às crianças. Portanto, essa classe não deve aparecer na alimentação dessa faixa etária. Esse é um momento importante para mostrar o sabor dos alimentos. E se o adulto resolver adoçar tudo que a criança for comer ou tomar, ela não vai conhecer o sabor real dos alimentos e vai ter o paladar saturado, ou melhor, viciado.
Aí, quando a família quiser oferecer alimentos saudáveis, poderá ser tarde, pois a criança facilmente irá recusar. Afinal, ela foi ensinada que o sabor é sempre mais doce. Não é uma tarefa fácil evitar doce e açúcar nos alimentos nos primeiros anos de vida da criança. Porém, trazer essa temática à tona é importante, visto o quadro de obesidade infantil que está cada vez mais alarmante em nosso país.
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