Duas mulheres foram assassinadas por seus companheiros em menos de uma semana no Distrito Federal. Os crimes elevaram o número de feminicídios para 32 em 11 meses, praticamente o dobro dos 17 ocorridos em todo o ano de 2022. Quatro ocorrências ainda estão sendo investigadas epodem ser definidas como feminicídios pela Polícia Civil.
As duas novas vítimas morreram em Planaltina, a 33 quilômetros de Brasília. O primeiro crime foi na quarta-feira(15), no Vale do Amanhecer. Sofia Antunes Queiroz, de 20 anos, foi assassinada covardemente com um tiro no pescoço por Leandro Gomes Lustosa. O caso é marcante porque todos que conviviam com eles afirmam que era um “casal 10”, e que não pensavam que isso um dia pudesse acontecer.
O único que tem dúvidas acerca da boa convivência de Sofia com Leandro é o pai dela, o mecânico Raimundo Queiroz Antunes. Ele contou que todos os dias fazia uma média de três vídeo-chamadas para a filha, e ela sempre estava em casa. “É impossível que uma pessoa seja feliz presa dentro de casa. Ninguém tem o direito de prender ninguém”, afirmou.
Sábado sangrento – Também em Planaltina, a jovem Brenda Almeida Michnik foi surpreendida por seu companheiro, Rafael Breno da Silva Teixeira, 25 anos. Apósuma discussão por ciúmes, ele aproveitou que a vítima estava deitada no sofá, de costas para ele, e diante do filho do casal,de cinco anos, desferiu 10 facadas em Brenda. A mulher foisocorrida pelo SAMU, mas faleceu assim que deu entrada no Hospital Regional de Planaltina.
Rafael foi detido por vizinhos e entregue à polícia. Por ter tentado suicídio e estar banhado de sangue, ele também foi levado para o HRP. Mas os médicos constataram que o sangue era da vítima. O criminoso, então, foi liberado e encaminhado à 16ª DP. Diante do delegado, ficou calado.