Paulo Cunha
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Quando, em junho, a presidente Dilma Rousseff foi ofendida no Itaquerão, por uma parte dos que ali estavam, a direita brasileira exultou. Numa espécie de catarse, o “vai tomar no c…” de São Paulo, congregou os reacionários, conservadores, viúvas da ditadura, trogloditas, coxinhas, oportunistas, preconceituosos e os “contra tudo isso que está ai”.
Membros da “Massa Cheirosa”, assim chamados pela Eliane Cantanhêde, que não estavam no estádio, repetiam a mesma frase ofensiva, em frente às suas TVs de LED e incontáveis polegadas. Achavam, os arautos da moral e dos bons costumes, que Dilma, Lula e o PT estavam acabados. Pensavam eles que aquilo que vociferavam era um sentimento nacional. Eles, com a visão e a mente embaçadas pelo ódio de classe, decretavam ali a derrota eleitoral de Dilma.
Erraram, como erram todos que se movem pelo ódio e que não conhecem com profundidade a realidade política e social do Brasil. Erraram, pois além das próprias virtudes pessoais de Dilma e das políticas acertadas de seu governo, os petardos disparados pelos componentes da “Massa Cheirosa” se voltaram contra eles.
Em cada ataque que faziam ao Bolsa Família e seus beneficiários, a quem chamavam de vagabundos, em cada comentário virulento contra o Mais Médicos e ofensas ao povo cubano, em cada mentira e demonstração de ódio compartilhada nas redes sociais, em cada palavra dita para desqualificar os petistas, estava ali embutida, nas entrelinhas, subliminar, aquela frase ofensiva.
E assim eles foram, inebriados pela sensação que lhes agrada tanto, da imposição do linchamento moral, espalhando o que disseram no Itaquerão pelos quatro cantos do País, como uma bandeira, acreditando no poder do ódio como elemento catalisador das suas frustrações e preconceitos.
Erraram e perderam. Na ausência de um projeto para chamar de seu, eles substituíram as propostas pela frase entoada na abertura da Copa do Mundo. Cada matéria da revista Veja, cada manchete da Folha, cada reportagem do Jornal Nacional, quando se referia a Dilma, Lula, ao PT e ao Governo Federal, ecoava aquela frase do dia 12 de junho.
Perderam, pois acreditaram que o ódio que sentem seria compartilhado pelo povo brasileiro. Perderam ao reduzir uma campanha eleitoral a um mero denuncismo cansativo. Perderam ao apostar que convenceriam aqueles que não fazem parte da “Massa Cheirosa” de que o Brasil está “uma merda”.
Perderam, pois mesmo a tentativa de golpe perpetrada por Veja não logrou êxito.
Perderam, enfim, pois não conseguiram fazer outra coisa, a não ser dizer “vai tomar no c…”, enquanto Dilma seguia firme, cabeça erguida, coração valente, rumo à vitória, que é sua e do povo brasileiro.
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Vai Dilma! Vai tomar posse!