Em abril deste ano, a paraense Camila Santos, 29 anos, residente em Alexânia, a 60 Km de Brasília, depois de ver centenas cães abandonados na cidade e perder uma cadela para a cinomose (adotou o animal de rua já contaminada), resolveu agir.
Procurou pessoas interessadas em ajudar e criou, ainda de maneira informal, a Associação de Proteção aos Animais de Alexânia (Apaal). Com a adesão de Larissa Altoé, 35 anos, a Apaal estendeu sua atuação ao distrito de Olhos d’Água. E assim cães e gatos abandonados nessas localidades encontraram carinho, cuidado e acolhimento.
O grupo disponibiliza alimentação, faz castrações, e cuida da dos bichos. Cães e gatos cujos donos não têm condições de custear a castração também serão atendidos à medida que a Apaal consegue dinheiro para isso.
Parcerias – Mesmo com as dificuldades que a pandemia do novo coronavírus impôs a todos, o grupo vem crescendo e os objetivos vêm se ampliando. Larissa Altoé coloca como meta castrar até seis animais por mês.
“As parcerias que conseguimos com as clínicas veterinárias Vira&Late, de Alexânia, e HelpVet, de Anápolis, podem viabilizar nosso sonho de ver todos os cães do município sadios, amparados e com um lugar para comer e dormir”, almeja.
Em três meses de atuação, já foram nove castrações, uma cirurgia de retirada de mamas e instalados vários comedouros pelas ruas. Esses pontos são abastecidos diariamente por voluntários.
A Apaal espalhou cartazes por Olhos d’Água e Alexânia alertando a população sobre a necessidade de denunciar à polícia quando souber de alguma situação de maus-tratos a animais, crime previsto no Artigo 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Uma campanha para doação de ração é feita entre os amigos e integrantes do grupo.
Muito além da castração – Atendimento inclui cirurgias, alimentação e até quimioterapia. Você também pode ajudar.
Princesa (com a colaboradora Dione), uma vira-latas de porte grande, faz parte da paisagem da bucólica praça de Santo Antônio, em Olhos D’Água. Por ação da Apaal, Princesa foi castrada. Diagnosticada com um câncer mamário, teve que sofrer nova cirurgia para a retirada das mamas e está em recuperação.
Ágata, após castrada, recebeu o diagnóstico de TNT, uma espécie de câncer venéreo. Será submetida a quimioterapia. Ambas foram levadas para casas de cuidadores voluntários. Tudo isso é caro. E a Apaal só conta, por enquanto, apenas com a generosidade e o amor de seus membros e amigos, que se dispõem a ajudar. Você também pode colaborar. Contate a Apaal pelo Instagram (@Apa.al2020) ou pelo whatsapp: 61-81161987.
(*) Especial para o Brasília Capital