Citados na Operação Drácon, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, os deputados distritais Cristiano Araujo (PSD) e Julio Cesar (PRB) pediram nesta segunda-feira (29) o afastamento provisório da CPI da Saúde. Bispo Renato (PR) havia feito o mesmo na semana passada. Os três parlamentares informaram que tomaram a decisão até que os fatos sejam esclarecidos, com imparcialidade.
A Operação Drácon investiga supostas condutas criminosas envolvendo a exigência de valores financeiros indevidos a empresas como contrapartida para a destinação de sobras orçamentárias para pagar passivos em atraso por parte do Governo de Brasília, relativos ao gerenciamento de Unidades de Terapia Intensiva.
Na semana passada, o Ministério Público do Distrito Federal, com apoio de seu órgão de investigação o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e da Polícia Civil, cumpriram 14 mandados de busca e apreensão e oito mandados de condução coercitiva, nos gabinetes dos distritais e da presidência da CLDF e nas residências dos investigados. Os alvos eram os deputados Celina Leão (PPS), Bispo Renato, Júlio Cesar, Raimundo Ribeiro (PPS) e Cristiano Araújo, além do ex-servidor da CLDF Valério Neves, do servidor Alexandre Braga e do ex-presidente do fundo de saúde do DF Ricardo Cardoso.
A decisão judicial ainda determinou o afastamento cautelar dos investigados dos cargos de Presidente e membros da Mesa Diretora da CLDF, até o fim das investigações. O Ministério Público ressalta, porém, que os investigados são presumidamente inocentes até prova em contrário.
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