Pacientes acometidos de todo tipo de doenças cada vez mais procuram alívio na acupuntura
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Ray Cunha
M, doutora em geofísica na Alemanha e professora universitária, sempre foi uma mulher ativa. Dona do seu nariz, gosta de frequentar academia e de viajar. Este ano, M começou a se sentir mal e submeteu-se a uma bateria de exames. E recebeu a pior notícia de sua vida: câncer no estômago. Passou a ser tratada com quimioterapia, e, desde então, começou a sentir-se irritada, a não conseguir dormir como antes, a sentir depressão.
Até que lhe deram a dica de procurar um tratamento alternativo com acupuntura. M chegou ao professor Marcello Pereira Nascimento, acupuntor e fisioterapeuta. Logo depois das primeiras sessões de acupuntura e demais terapias da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), M voltou a ser o que sempre foi: uma mulher que curte a vida.
Assim como M, dezenas de pessoas, acometidas das mais diversas doenças, alguma desenganadas pela medicina ocidental, ou alopática, são atendidas todos os dias pela equipe do ambulatório da Escola Nacional de Acupuntura (ENAc). “A grande maioria recupera a alegria de viver”, garante o professor Marcello.
De ampla cobertura e eficácia terapêutica, a Medicina Tradicional Chinesa é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi incluída na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, durante a V Sessão do Comitê Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 17 de novembro de 2010.
Os pilares da MTC começaram a ser erguidos há pelo menos 5 mil anos, na China. Os chineses descobriram que além dos sistemas cardiovascular e linfático, há uma teia de meridianos corporais, ou de acupontos, um delgado sistema tubular, nos quais circula a energia vital.
Até o século 19, supunha-se que esses meridianos eram imaginários, mas nos anos de 1960, o cientista coreano Kim Bong Han injetou isótopo de fósforo num acuponto e observou a absorção da substância pelo organismo, por meio de microauto-radiografia. Resultado: o isótopo percorreu o clássico traçado daquele meridiano.
Experiências semelhantes vêm sendo realizadas por outros cientistas, como os franceses Jean-Claude Darras e Pierre de Vernejoul, e os norte-americanos James Hurtak e Roberto Becker. O resultado é o mesmo obtido por Kim Bong Han.
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Na ciência espírita, já é claro que os meridianos da acupuntura situam-se no duplo etérico, um corpo mais sutil do que a matéria. Assim, a acupuntura, no seu conceito mais simples, é tão somente a harmonização da energia vital que circula no corpo. Isso, aliado à tuiná, massagem que também ativa os acupontos, à fitoterapia e, sobretudo, à alimentação saudável, leva à cura e ao bem-estar.
“O acupuntor vê o paciente como uma totalidade e não em partes. Também não prescreve medicamentos alopáticos, os quais causam efeitos colaterais e que levam pacientes, não raro, à morte”, observa o professor Marcello.
Quem pode praticar a acupuntura?
Não é verdade que somente médico pode praticar acupuntura. Aliás, a medicina ocidental nada tem a ver, nos seus pilares, com a MTC. No Brasil, a profissão de acupuntor não é regulamentada; basta ter curso técnico para praticá-la.
O diretor da Escola Nacional de Acupuntura (ENAc), Ricardo Antunes, especialista em primeiros socorros e em legislação sobre a profissão de acupuntor, explica que acupuntura nada tem a ver com punção, esta, sim, técnica exclusiva da atividade médica.
“Punção tem por finalidade a transfixação da pele por agulha própria de punção, oca (com orifício interno), tipo cânula, com o objetivo de inserir alguma substância química (medicamentos, contraste etc.) ou retirar alguma substância biológica (sangue, pus etc.)”, explica Antunes.
A agulha de Acupuntura, por sua vez, é bem específica, “não tendo nenhuma semelhança com a de punção, e tem por finalidade entrar seca e sair seca”, sem inserir ou retirar nada do corpo humano. Portanto, punção e acupuntura são atos distintos, bem definidos e sem nada em comum”, esclarece o diretor da ENAc.
SERVIÇO
A ENAc oferece atendimento em acupuntura e massagens terapêuticas de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h. Às segundas, quartas, sextas e sábados, das 9h às 11h. Às terças e quintas, das 19h às 20h30. A sessão custa R$ 50 e o pacote com dez sessões, à vista, R$ 450. Pagamento em dinheiro ou cheque.
MAIS INFORMAÇÕES
Telefone (55-61) 3322-4998; na própria ENAc, na 404 Sul, Bloco A, Loja 33; ou pelo site: www.enacdf.com.br