Ao cumprir mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 14, na casa de Chico Rodrigues (foto), vice-líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, a Polícia Federal encontrou cédulas de dinheiro escondidas entre as nádegas do senador.
O instante da apreensão foi registrado em imagens pelos policiais, segundo uma fonte com acesso ao caso. Para se ter uma ideia do absurdo da situação, algumas notas recuperadas estavam sujas de fezes.
O constrangimento foi geral. Ao todo, os policiais encontraram cerca de 30 mil reais na casa do senador, em Boa Vista. Uma parte do valor estava escondida na cueca dele. Foi justamente ao averiguar os maços na cueca que os investigadores se deram conta de que havia mais e localizaram notas entre as nádegas do vice-líder de Bolsonaro.
O senador foi alvo da Operação Desvid-19, que investiga um esquema de desvio de 20 milhões de reais de emendas parlamentares destinadas à Secretaria de Saúde de Roraima para o combate à pandemia de coronavírus.
Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital de Roraima. O Supremo Tribunal Federal autorizou a ação policial no curso de um inquérito que corre sob sigilo. A Controladoria-Geral da União participou da apuração.
Crusoé tenta contato com o senador Chico Rodrigues e com o seu gabinete desde a manhã desta quarta, mas ainda não obteve retorno.
As informações são da revista Crusoé.
Veja a íntegra da nota do Senador:
Veja a íntegra da nota do senador:
Acredito na justiça dos homens e na Justiça Divina. Por este motivo, estou tranquilo com o fato ocorrido hoje em minha residência em Boa Vista, capital de Roraima. A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate à COVID-19 na saúde do estado.
Tenho um passado limpo e uma vida decente. Nunca me envolvi em escândalos de nenhum porte. Se houve processos contra minha pessoa no passado, foram provados na justiça que sou inocente. Na vida pública é assim, e, ao logo dos meus 30 anos dentro da política, conheci muita gente mal intencionada com o intuito de macular minha imagem, ainda mais em um período eleitoral conturbado, como está sendo o pleito em nossa capital.
Digo a quem me conhece: fique tranquilo. Confio na justiça e vou provar que não tenho nem tive nada a ver com qualquer ato ilícito. Não sou executivo, portanto não sou ordenador de despesas e, como legislativo, sigo fazendo minha parte, trazendo recursos para que Roraima se desenvolva. Que a justiça seja feita e que, se houver algum culpado, que seja punido nos rigores da lei.