A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, usou os números de seu governo para ressaltar o salto de 40% de produtividade no setor agrícola. Ela foi a última a ser sabatinada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nesta quarta-feira (6), em Brasília. Dilma defendeu a atuação da sua gestão no desenvolvimento de outras demandas do agronegócio. \”Queremos que a frase \’a agricultura vai bem da porteira para dentro, mas da porteira para fora não\’ deixe de ser algo do presente e passe a ser cada vez mais algo do passado\”, disse.
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A presidenciável enfatizou as cifras do Plano Safra. “Em 2003, Plano Safra era de R$ 20,8 bilhões e juros de 8% a 11,9% ao ano. O atual foi de R$ 156 bilhões. O que significa um aumento real de 259%. E juros são de 4,5% a 6,25% ao ano”, comparou. Dilma também lembrou as medidas tomadas para o armazenamento, considerado um dos gargalos do agronegócio brasileiro. “Tínhamos déficit de R$ 60 milhões de toneladas armazenadas. Não é algo trivial. Permitimos que os produtores financiassem pelo PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) a construção de armazéns. São R$ 3,5 bilhões para esse fim”, afirmou.
Reafirmando o “compromisso com a segurança jurídica no setor”, Dilma disse que a demarcação de terras indígenas é o desafio do governo. Para ela, os laudos da Fundação Nacional do Índio (Funai) se contrapõem aos direitos desses povos. “Pedi ao ministro da Justiça de revise isso. Formamos mesas de debates.” Dilma também tratou da questão do trabalho escravo. “É uma chaga que precisamos combater para que bons produtores não sejam prejudicados pelos maus”, defendeu.