Olá, meus amigos! Atendendo a alguns pedidos, resolvi fazer uma lista de dicas pontuais de língua portuguesa que podem ajudá-los no dia a dia. Vamos lá:
1- Fazer, quando expressa tempo transcorrido, é impessoal. Por isso, o verbo deve ficar sempre no singular: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.
2 – Haver, com o sentido de“existir”, também é impessoal (logo, só pode ficar no singular): Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas.
3 – Existir, em contrapartida, é pessoal, admite sujeito e com ele vai concordar: Existem muitas esperanças.
4 – \”Há\” dez anos \”atrás\”. Há e atrás indicam tempo transcorrido nesta oração. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.
5 – \”Venda à prazo\”. Não existe crase antes de palavra masculina (pois esta não aceita artigo feminino), a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV.
6 – Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado (independentemente de o período ser afirmativo ou interrogativo): Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou.
7 – Assistir como sentido de presenciar, ver exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão.
8 – Prefere-se sempre uma coisa a outra (e não “do que”): Preferia ir a ficar.
9 – Há alguns substantivos da língua portuguesa que só existem em forma plural. Assim, o correto é os óculos, meus óculos. O mesmo ocorre com meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.
10 – Comprei \”ele\” para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você.
11 – \”Aluga-se\” casas é comum, mas gramaticalmente incorreto. O verbo concorda com o sujeito paciente (é uma voz passiva sintética): Alugam-se casas. / Fazem-se consertos.
12 – \”Tratam-se\” de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos (pois o SE é um índice de indeterminação do sujeito): Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Conta-se com os amigos.}