A pandemia passou, mas a covid-19 não acabou. A doença ainda provoca muitas mortes no Brasil e no Distrito Federal, onde, até julho deste ano, mais de 800 mil casos estão registrados nos boletins de controle epidemiológico da Secretaria de Saúde, com mais de 10 mil óbitos desde 2021. Este ano já morreram 31 pessoas de Covid, sendo 29 do DF e duas do entorno.
O chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para a Prevenção de Endemias da SES-DF, Victor Bertollo Gomes Porto, alerta para o aumento de casos e de síndrome gripal nos últimos dois meses. Mas o que tem preocupado são a hospitalizações por covid.
“Desde quando a pandemia ‘acabou’, no fim de 2022 e meados de 2023, o brasileiro foi relaxando, deixando a máscara de lado, voltando a antigos hábitos de pegar nas mãos das pessoas, segurar em corrimãos de escadas, entrar em grupo em elevadores, abraçar e beijar amigos e familiares. Tudo isso contribui para que o vírus circule”.
Vacina – Porém, o mais grave é a redução do número de pessoas se vacinando e a rejeição à aplicação do imunizante contra a doença que chegou a matar três mil brasileiros por dia durante em 2022. “Nós temos as estratégias de reforço de vacinação para covid-19, com doses de reforço anual para os grupos de riscos e para a população de mais alto risco, que tem uma queda mais rápida da resposta imunológica. Para os imunocomprometidos nós temos duas doses de reforço anual. Mas muita gente não tem seguido esse protocolo e se expondo à doença”, afirma Victor Bertollo.
O que está acontecendo não é o retorno da covid-19, mas a confirmação de que ela permanece e vai continuar perene em nossas vidas. O número de mortes no DF, nos últimos sete meses é pequeno, 31, se comparado ao que ocorreu no auge da pandemia, mas preocupa a Secretaria de Saúde.
Dengue – Com o fim do período de seca e início das chuvas a partir de setembro, outra doença volta a preocupar a secretária de saúde Lucilene Florêncio: a dengue. No mesmo período no ano passado, a doença bateu recordes de infecções e mortes. Até fevereiro deste ano ainda haviam barracas de atendimento contra a doença em vários pontos da cidade. A recomendação das autoridades sanitárias é para que a população já inicie os procedimentos de limpeza de ambientes para evitar a reprodução do mosquito Aedes Aegypt, vetor da dengue e de outras doenças, como a Zika e a Chicungunha.