O maior apresentador da televisão brasileira, Silvio Santos, dono do SBT e do Baú da Felicidade, criador de bordões como os que dão título a esta matéria, morreu na madrugada do sábado (17) no Hospital Sírio Libanês Alberto Eistein por complicações da H1N1, que o levou à internação há 30 dias.
A morte de Silvio Santos, o Senor Abravanel (nome de batismo) abre uma lacuna na comunicação televisiva brasileira, como a morte de Pelé para o futebol. Nascido a 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa (RJ), virou Silvio Santos depois que serviu o Exército Brasileiro e voltou para as ruas de São Paulo e para os programas de rádio. Nas ruas em 1946 começou sua carreira vendendo capas para título de eleitor. Era ano eleitoral e a capinha do Silvio Santos virou sucesso. Em 1954 assinou seu primeiro contrato com a rádio Nacional, em São Paulo, onde depois foi convidado pelo empresário Manuel da Nóbrega para animar seu programa. Dez anos depois assumiu o Baú da Felicidade, que era de Manuel da Nóbrega, para quem ele vendia carnês nas praças de São Paulo.
No mesmo ano, no dia 7 de fevereiro, ele estreou seu primeiro programa televisivo, o “Hit Parade”, na TV Paulista.
Em 1962, passou a ser apresentador do “Vamos brincar de forca”, na TV Paulista (canal 5, que no ano seguinte foi comprado pela TV Globo). Em seguida, começou a ser exibido o seu Programa Silvio Santos, na TV Globo.
Em 1975 ele venceu a concorrência para adquirir o Canal 11, do Rio de Janeiro, e no ano seguinte, inaugurou a TVS. Em 1976, ele saiu da TV Globo. Seu programa passou a ser transmitido nas TVs Tupi e TVS do Rio. Silvio ganhou outras concessões e, em 1981, entrou no ar o SBT, uma das várias empresas do seu grupo, onde o Programa Silvio Santos viraria a principal atração, com quadros que marcaram a vida do cidadão comun e da TV, como “Domingo no parque”, “Qual é a música”, “Show de calouros” e “Porta da esperança”.
Sua maior característica era a capacidade de segurar o público no programa de variedades que durava o domingo inteiro, o domínio da plateia e da audiência com bordões como “Vem pra cá, vem pra cá” e “Quem quer dinheiro?” eram o tom do apresentador que batia recordes no Ibope.
Silvio também fez sucesso cantando marchinhas de carnaval, como “Coração Corintiano” e “A pipa do vovô”, registradas em álbuns entre os anos 70 e 90.
Em 1989, Silvio Santos anunciou que seria candidato a Presidente do Brasil duas semanas antes do primeiro turno da eleição, mas a candidatura foi indeferida pelo TSE uma semana depois.
Em fevereiro 2001, Silvio Santos foi homenageado no Carnaval do Rio pela escola de samba Tradição.
Ao longo de sua trajetória artística teve vários perrengues na vida pessoal perdeu a primeira mulher, Cidinha, sua filha Patrícia foi sequestrada, o mesmo sequestrador invadiu sua casa e só saiu de lá com a intervenção pessoal do governador à época, Geraldo Alckmin, atual vice-presidente da República.
Silvio Santos deixa a viúva Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978 e teve as filhas Daniela Patrícia, Rebeca e Renata. Também deixa as filhas Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, com Cidinha, que morreu em 1977.
Com informações do G1