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Educação

Desafios das Altas Habilidades e Superdotação

  • Nathália Guimarães
  • 04/09/2025
  • 15:03

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Lucélio Fernandes: "Cada aluno tem uma especificidade. Eu atuo como mediador, aprendo com eles e ajudo a potencializar o que já trazem." Foto: Nathália Guimarães

Nathália Guimarães

Altas Habilidades e Superdotação (AH/SD), condição pouco discutida no Brasil e muitas vezes confundida apenas com bom desempenho escolar, ganhou repercussão nacional depois que o humorista e influenciador Whindersson Nunes revelou ter descoberto a própria superdotação na vida adulta, após testes neuropsicológicos. Entre as principais características desse grupo estão: curiosidade insaciável, facilidade de aprendizagem e destaque em áreas específicas.

De acordo com a Associação Mensa Brasil, pelo menos 5 mil brasileiros foram identificados com altas habilidades, entre eles, 2 mil crianças e adolescentes e 3 mil adultos. No Distrito Federal, cerca de 880 estudantes têm superdotação, mas a estimativa é de que outras centenas ainda não tiveram acesso ao processo avaliativo, segundo a Secretaria de Educação.

SUPORTE — O atendimento especializado a estudantes com AH/SD é uma prática consolidada no DF desde 1976. Ao longo dessas cinco décadas, a rede pública tornou-se referência nacional por meio do suporte pedagógico e emocional aos alunos e famílias. 

Hoje, mais de dois mil estudantes são atendidos por 80 profissionais especializados em 32 polos espalhados por todas as regionais de ensino. As “salas de recursos” foram criadas em 2005 e reúnem equipes com pedagogos, psicólogos e professores itinerantes que trabalham com alunos de 4 a 17 anos das redes pública e privada.

O lado de quem ensina

Para os professores, trabalhar com alunos superdotados é também um processo de aprendizado. Educador do Centro de Ensino Médio Setor Oeste há 25 anos, Lucélio Fernandes relata que a escola na Asa Sul abriu uma sala para Altas Habilidades este ano. 

“A direção conversou comigo, perguntou se eu teria interesse em assumir a sala, porque não tinha professor. Achei interessante, estudei sobre o assunto e fiz os cursos”, conta o professor, que tem filhos com AH que participaram desse processo quando eram crianças. 

Ele afirma que o primeiro ano está sendo desafiador porque cada aluno, de diferentes idades, tem uma área de interesse. “É uma troca muito rica. Eu sou da área de Física, mas na sala trabalhamos Matemática, Robótica e Química, por exemplo. Cada aluno tem uma especificidade. Eu atuo como mediador, aprendo com eles e ajudo a potencializar o que já trazem. É um trabalho muito diferenciado de uma sala de aula convencional”, pontua.

ORGULHO E ALEGRIA – O professor Rosevaldo Pessoa Queiroz teve o primeiro contato com o atendimento de AH/SD em 2008, quando foi convidado a orientar uma especialização pela Universidade de Brasília. “Me apareceu um cursista que atuava como professor de Altas Habilidades. Fiquei surpreso, não tinha tanto conhecimento para orientá-lo. Mesmo assim, ajudei para que pudesse concluir no tema que ele tanto queria, que era Ciências em Altas Habilidades”, relembra.

Queiroz continuou interessado no assunto, mas foi somente em 2017 que começou a atuar como um dos professores do polo de Altas Habilidades de Ceilândia. Ele ressalta que é um trabalho muito diferente de outras áreas da Secretaria de Educação. “É gratificante. Trabalhamos com estudantes extremamente motivados. Então, não tem tempo para monotonia e desânimo. Sempre há muita alegria e orgulho”.

Rosevaldo Pessoa Queiroz: “Trabalhamos com estudantes extremamente motivados. Então, não tem tempo para monotonia e desânimo.” Foto: Nathália Guimarães

Além da sala de aula

Thiago Antônio, 15, é aluno do professor Rosevaldo desde 2019. Ele descobriu as Altas Habilidades quando tinha 6 anos e logo começou o atendimento no polo da Escola Classe 64, em Ceilândia. Com área de talento voltada para astronomia, Thiago já acumula quatro medalhas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Aeronáutica (OBA), sendo três de prata e uma de ouro. “Eu gosto principalmente do contato com pessoas parecidas comigo. As conversas são diferentes. Meus amigos com AH têm um domínio muito maior de assuntos específicos que uma pessoa comum”.

Já Luísa Teixeira descobriu que tem AH/SD aos 14 anos. A mãe dela, Joana D’Arc Teixeira, relembra que a professora a chamou para conversar e informou que a garota tem a habilidade de aprender rápido. A própria escola indicou que elas procurassem o GDF para fazer o teste neuropsicológico, que confirmou a condição. Hoje, aos 17, a jovem afirma que as aulas no polo estimularam várias áreas que a interessaram. “Eu gosto muito. A partir do momento que entrei, tive contato também com outras áreas de conhecimento e descobri que minhas Altas Habilidades vão além da área de exatas. Também englobam esportes, artes e algumas partes de humanas”.

Reconhecimento da Câmara Legislativa (Foto)

Na segunda-feira (1º), a Câmara Legislativa realizou uma sessão solene em homenagem aos profissionais que atuam com estudantes superdotados. A iniciativa foi proposta pelo distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil). De acordo com o parlamentar, os alunos com AH/SD ainda enfrentam preconceito e capacitismo, sendo vistos como exibidos, problemáticos ou até mesmo como pessoas que não precisam de apoio. Visão distorcida que gera sofrimento e, muitas vezes, isolamento.

Deputado Eduardo Pedroa: “Ao perdermos essa atenção, corremos o risco de afastá-lo do ambiente escolar ou de não aproveitarmos todo o seu potencial.” Foto: Marco Túlio Alencar/CLDF

“É papel de educadores, familiares, gestores e legisladores desconstruir esses estigmas e criar redes de apoio que valorizem e acolham cada um desses talentos. Por isso, os profissionais e professores que atuam com esses alunos são muito importantes”.

O distrital acrescenta que as escolas devem oferecer opções alternativas ao ensino regular, já que o processo de atenção dos superdotados é difuso, o que os torna mais dispersos. “Ao perdermos essa atenção, corremos o risco de afastá-lo do ambiente escolar ou de não aproveitarmos todo o seu potencial. Para isso, é necessário investir em práticas pedagógicas diferenciadas”, completou Pedrosa.

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