Garantir o início do ano letivo com professores em sala de aula e escolas em boas condições de funcionamento é o primeiro desafio do futuro secretário de Educação, Júlio Gregório. Na última semana, a equipe de transição do governador eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB), divulgou um relatório prevendo uma crise no setor. O nome escolhido para gerir a pasta anunciou planos para evitar a paralisação de aulas e a suspensão de disciplinas por falta de professores. Gregório prevê tirar docentes de áreas administrativas e realocá-los em sala. Além disso, pretende contratar temporários para suprir os deficits provocados por atestados e expandir a educação integral.
- Advertisement -
A medida inicial, em janeiro, será repassar o recurso do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) aos colégios a fim de possibilitar que diretores façam as devidas arrumações para receber os estudantes: cortar grama, pintar paredes, arrumar torneiras e outros serviços. Também foi identificada uma carência de 3.234 educadores na rede pública de ensino. “Contamos com a consciência de todos os professores para assumir esse grande compromisso. Em um momento como este, não há como termos uma quantidade considerável de professores em atividade que não seja de docência. Na medida em que organizarmos as redes, poderemos fazer as substituições, e os coordenadores voltarão a essa função”, diz o secretário (leia Quatro perguntas para).
Mas a falta de educadores, sendo 406 de matemática e 406 de português, só deve ser confirmada após as matrículas e os remanejamentos, pois alguns professores passam por processo seletivo para mudar de escola. “Analisaremos as carências geradas por licenças de gestantes e médicas e afastamentos temporários. Vamos cobrir isso com profissionais contratados temporariamente”, adianta Júlio Gregório. A Secretaria de Educação realizou um concurso para a seleção de docentes que será aproveitado.