O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que vai liberar o trânsito nas faixas exclusivas dos ônibus na EPTG e na EPNB na manhã desta terça-feira (9). Segundo o órgão, a medida vale até as 12h, quando o departamento fará uma nova avaliação. A paralisação começou nesta segunda, atinge os 12 mil funcionários das cinco empresas e deixa 1 milhão sem transporte público.
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A liberação do tráfego nas vias já havia ocorrido nesta segunda-feira (8). No primeiro dia de paralisação de motoristas e cobradores, o Detran também permitiu a circulação de veículos pelas faixas exclusivas do Setor Policial e da W3.
A paralisação afeta 1 milhão de passageiros em todas as regiões do DF. O sistema de transporte da capital conta com 12 mil rodoviários. O Tribunal Regional do Trabalho havia determinado que 70% dos ônibus circulassem em horário de pico e 50% no entrepico, mas a ordem não foi cumprida no primeiro dia de greve.
A opção é contrária à indicação do sindicato da categoria, que pediu aos rodoviários que cumprissem a decisão provisória do TRT. A multa diária por descumprimento da decisão é de R$ 100 mil. Os horários de pico vão de 5h às 9h30, das 11h às 13h e das 15h às 19h30.
Nesta segunda (8), o vice-presidente do sindicato dos rodoviários, Jorge Farias, afirmou que iria cumprir a determinação da Justiça e que iria recorrer da decisão para tentar cassar a liminar. O salário de um motorista de ônibus é R$ 1.928 e o de um cobrador, R$ 1.008. As negociações com as empresas começaram em abril.
A última paralisação com grande adesão feita pela categoria ocorreu no dia 27 de maio, entre 11h e 15h. Os rodoviários afirmam aceitar renegociar o valor pretendido de reajuste, desde que o governo participe da discussão. O secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, afirmou que a postura do Executivo tem sido a de acompanhar as negociações entre a categoria e as empresas.
\”Ao contrário de outras categorias, os rodoviários não são funcionários do GDF. Entendemos desde o início das negociações que esse é um debate que precisa ser feito entre patrões e empregados. […] O GDF tem se mantido em uma posição de neutralidade nessas negociações justamente por entender isso\”, declarou.