Da Redação
O atendimento prestado pelo sistema de proteção social do Governo do Distrito Federal (GDF) foi criticado por parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) em sessão ordinária na tarde dessa quarta-feira (22). Entre eles, o deputado Chico Vigilante (PT), que vem chamando a atenção para o problema há dias, voltou a criticar as filas nos Centros de Referência de Atenção Social (CRAS). O Brasília Capital, em sua edição de número 571, relatou a situação de caos nos CRAS.
Vigilante questionou que “não dá pra continuar assim, com pessoas famintas no frio da madrugada. Uma mãe de família me disse que chega ao CRAS durante a tarde para ver se consegue ser atendida no outro dia. Será que o governo não é capaz de cadastrar essas pessoas e acabar com as filas?”
Já para a deputada Arlete Sampaio (PT), o governo exagera números para passar uma imagem de competência na área social. Ela criticou: “A mensagem na TV é que o GDF tem o melhor sistema de proteção social do Brasil. Isso é propaganda enganosa. Não é verdade que 100 mil famílias recebem o Prato Cheio, já sabemos que são no máximo 40 mil famílias”.
Indo além, o distrital Reginaldo Veras (PV) afirmou que “o cartão Prato Cheio, destinado para pessoas em situação de fome, tem atendido gente rica. Mortos estão recebendo dinheiro, servidores públicos estão recebendo dinheiro, donos de lancha e jet-ski estão recebendo dinheiro. E o governo ainda coloca anúncios pela cidade dizendo que a principal obra dele é cuidar do povo”.
Ainda sobre o tema, o deputado Leandro Grass (PV), pré-candidato ao Buriti, encaminhou representações ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e ao Ministério Público de Contas (MPC) relatando a crise nos CRAS, conforme nota no Correio Braziliense desta quinta-feira (23). “O que tenho visto é um cenário desolador, famílias nas filas desde a noite anterior na busca de uma senha para finalmente fazer o seu cadastro, de modo que seja possível acessar os benefícios. Para além disso, de acordo com o que ouvi de demanda nas assembleias da entidade sindical representativa dos servidores, o Sistema de Registro e Organização de Demandas (SROD) não tem funcionado a contento”, afirma Grass no documento.
Com informações da CLDF e Correio Braziliense.