Depois de derrubar o retorno do voto impresso, a Câmara dos Deputados acelerou a análise de propostas para alterar as regras das eleições, tendo como carro-chefe o chamado ‘distritão’, e como não tão discreta coadjuvante a volta das coligações nas eleições legislativas.
A primeira fortalece as chances de políticos muito conhecidos e celebridades e enfraquece os partidos. A segunda dá novo gás aos partidos nanicos que seriam enfraquecidos com a cláusula de barreira.
O distritão terminou sendo apenas o bode na sala. Foi rejeitado por 423 votos a 35, enquanto as coligações proporcionais, incluídas repentinamente há poucos dias no texto, voltaram com apoio de 333 deputados e rejeição de 149.
Segundo turno – Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição, a matéria terá que passar por nova votação antes de seguir para o Senado. E só valerá para as eleições do ano que vem se for sancionada antes do início de outubro.
Mas a tramitação no Senado não será tão célere quanto na Câmara. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já se declarou contrário à proposta. E dificilmente a colocará em pauta no prazo necessário para que vigore já em 2022.
Dos deputados do DF, apenas Bia Kicis (PSL) votou a favor do distritão. Já no caso da volta das coligações em eleições proporcionais, seis dos oito foram favoráveis. Paula Belmonte (Cidadania) votou contra e Laerte Bessa (PL) estava ausente.