Morreu na madrugada da segunda-feira (12), o ex-ministro do Planejamento e ex-deputado federal Antônio Delfim Netto. Ele também foi ministro da Fazenda e da Agricultura. O presidente Lula lamentou a morte de Delfim Netto e lembrou que pediu desculpas públicas ao ex-ministro por tê-lo perseguido durante 30 anos.
Delfim Netto estava internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 5 de agosto. A família não informou nem por que ele estava internado o ex-ministro e a causa da morte. Ditadura – Delfim ficou nacionalmente e em seguida, mundialmente conhecido, por sua inteligência e fazer parte do governo da ditadura na década de 60/70, quando exerceu cargos de ministro nos diferentes governos militares. Foi da cabeça de Delfim que surgiu a expressão “O milagre econômico”, que faria o Brasil crescer 100 anos em dez. Mesmo sendo de direita, Delfim Netto, com o fim da ditadura passou a ser convidado por economistas de partidos de esquerda a fazer parte de governos de esquerda. Ele atuou ajudando Lula no primeiro e segundo mandatos.
Lula se desculpou – Na década de 70, 80 e 90, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perseguia o ex-ministro em quase todas as suas falas, criticando o modo como Delfim tocava a economia do País. Em nota, o presidente escreveu: “Na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente, porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos”, afirma a nota de Lula. O presidente destacou a inteligência de Delfim Netto e completou. “É bom ter adversário inteligente. Ele nos faz trabalhar mais para aguçarmos a nossa inteligência para superá-lo”, afirmou.