Tersandro Vilela (*)
Em outubro, o serviço de inteligência artificial Meta AI, da empresa responsável pelo WhatsApp, Facebook, Instagram e Messenger, começou a operar no Brasil de forma integrada em todos os aplicativos do conglomerado multinacional fundado por Mark Zuckerberg em 2004, anteriormente chamada de Facebook, Inc.
A nova funcionalidade do WhatsApp, que chegou de surpresa para a maioria, já foi percebida pelos usuários e alguns, insatisfeitos com o recurso e preocupados com possíveis questões de privacidade, buscam formas de desativá-lo.
A estratégia da Meta levanta discussões sobre transparência na adoção de novas tecnologias por grandes plataformas digitais, especialmente porque não houve consentimento prévio.
A Meta AI consegue responder e pesquisar em tempo real, além de criar imagens e sugerir conteúdos. Essa IA aparece como uma aba de conversa, onde o usuário pode realizar diversas interações.
No Facebook, o recurso surge também como um botão adicional no feed de notícias, permitindo o acesso direto à IA sem a necessidade de sair do aplicativo.
Baseada no modelo Llama (Large Language Model Meta AI), desenvolvido pela Meta, a tecnologia é um sistema de aprendizado profundo, treinado com grandes volumes de dados para fornecer respostas contextuais.
Esse modelo de IA utiliza informações amplas para responder às solicitações dos usuários, gerando desde informações gerais até sugestões personalizadas.
Para interagir com o recurso, basta clicar na bolinha exibida na tela do WhatsApp ou digitar “@Meta AI” em uma conversa individual ou em grupo.
Ao digitar “imagine”, é possível solicitar a criação de imagens. Exemplo: “imagine um gato preto sentado em uma cadeira vermelha, com um fundo azul claro, em estilo desenho animado”.
A Meta AI também pode ser acessada na barra de pesquisa de contatos do WhatsApp, funcionando como um navegador interno.
Essa funcionalidade, ao permitir que o usuário pesquise por informações sem precisar sair do aplicativo, amplia a capacidade do WhatsApp de atender a diversas necessidades de seus usuários em um só lugar.
O lançamento ocorreu em meio a discussões globais sobre os impactos de IAs integradas a redes sociais e aplicativos de mensagens.
A Meta chegou a afirmar que a privacidade dos dados é protegida, mas especialistas em segurança digital apontam que o uso de dados pessoais para alimentar algoritmos ainda é uma questão controversa, especialmente sem uma regulamentação objetiva.
Essas preocupações refletem a importância de políticas de proteção de dados que garantam transparência e segurança na adoção de IAs em plataformas com milhões de usuários.
Saiba +
Ao oferecer diferentes funcionalidades avançadas nos aplicativos mais usados pelo público brasileiro, a Meta almeja competir com o ChatGPT, um dos chatbots mais utilizados mundialmente.