Nem queria lembrar desses assuntos, que ferem a sensibilidade de quem tem na cabeça algo além dos miolos: o mal-afamado PL que transforma aborto em homicídio e a PEC que criminaliza não só o traficante quanto o usuário que porte qualquer quantidade de droga. (Parece concurso para saber qual merece o Troféu Mal-Afamado. Melhor dar o galardão [!] às duas sandices.)
Aí, encontrei um assunto sumido da pauta, que nos esclarece bem de perto sobre como funciona a maior democracia do mundo, como eles mesmos se autointitulam: os Estados Unidos da América.
Nas próximas eleições, teremos, de um lado, um candidato condenado por não sei quantos crimes, que poderá dirigir os destinos do país até de dentro da cadeia. Do outro, o pai de um rapaz que fez negócios escusos – pelo visto, usando o prestígio que lhe confere a sorte de ser filho do presidente.
Se juntarmos a isso o fato de um candidato ser eleito, não pela quantidade de votos de cada cidadão, mas de acordo com o peso de cada colégio eleitoral (os estados) – aí fica mais difícil ainda de entender.
Beleza! Mas acabou que me enrolei. Em vez de assuntos que não ferissem a sensibilidade dos leitores, acrescentei mais dois que não estavam no programa.
Minhas desculpas.